Friday, October 08, 2010

Ensinar e Aprender II

As Interdisciplinas do IV semestre despertaram em meu “ser professora” algumas certezas que já estavam adormecidas. Em uma postagem do BLOG publiquei uma análise das leituras e pesquisas de Paulo Freire e sua Teoria do Conhecimento, baseada numa antropologia, que foi inventada/construída a partir de uma visão de mundo e de uma visão de ser humano. “Não há conhecimento válido se não for compartilhado com o outro. Exige-se o diálogo. A validade do meu conhecimento é dada socialmente, quando compartilho e construo o conhecimento com os outros. O ser humano aprende por que é um ser que possui curiosidade!” Esta é a idéia central que permeou todo semestre, a curiosidade, pois através de todas as leituras e atividades solicitadas é possível constatar sua importância. As atividades do Seminário Integrador IV com o PIE e nossas atuais reflexões sobre o ato de perguntar nos levam diretamente para a curiosidade infantil e a falta de curiosidade do ser humano na vida adulta. Na Interdisciplina de Estudos Sociais fomos desafiados a usar nossa criatividade e curiosidade e constatei que esta área do conhecimento além de ser fundamental nas séries iniciais pode ser transformada em uma interessante experiência de conhecer nosso ‘espaço’ e viajar pelos diferentes tempos: passado e presente, tendo como ponto de partida nossas vivências e a história de vida de nossas famílias. Compreendi que o tempo e o espaço são conceitos complexos e multifacetados, pois podem abarcar múltiplas concepções. Em relação ao tempo, podemos citar o tempo cronológico que serve de referência para localização dos acontecimentos no passado, presente e futuro em diferentes culturas. Há ainda o tempo histórico, que nos revela situações que transformaram o modo de viver de muitas pessoas. O ritmo do tempo também predomina na sociedade atual, na qual o “tic-tac” do relógio parece estar acelerado e impõe a nossa vida uma pressa atordoante. Nesse sentido, o espaço precisa ser percebido não como algo estático, mas como um espaço vivo, fruto das nossas referencias socioculturais. Como um ser social e cultural nos tornamos agentes responsáveis pela conservação e manutenção da vida nestes espaços e deixamos de agir como simples expectadores. Ainda com relação ao tempo Domingos e Feriados... foi um texto apresentado pela Interdisciplina de Ciências Naturais e que contribuiu para nossa reflexão a cerca das diferentes concepções de tempo. “Os domingos precisam de feriados” escrito pelo Rabino Nilton Bonder, provoca uma reflexão com relação a nossa existência nesse planeta. Os fatos descritos pelo autor fazem referência a uma humanidade em “crise”. Assim, percebi que existem inúmeras possibilidades de planejamento para trabalhar com os conceitos de espaço e tempo na sala de aula. E que a criança precisa compreender as origens do fato histórico a ser estudado e para isso precisa desenvolver noções/conceitos e trazer para a escola os conhecimentos prévios do grupo social em que está inserida (Aprendizagem).

2 comments:

Grace Milcharek said...

Rosária sabia que é prazeroso ler tuas postagens?
Estou encantada em acompanhar o teu Blog com reflexões muito boas.
E “aprender a aprender” nos torna eternos aprendizes, não é mesmo!
Parabéns pelo trabalho como acadêmica/orientanda e educadora.

Com carinho,
Grace Maria

Rosária said...

Olá Grace! Prazeroso foi ter compartilhado momentos especiais neste grupo do PEAD. A vida é um eterno "aprender a aprender"! Porém, ainda hoje, percebe-se que algumas pessoas esqueceram a importância de "conviver" e, entre elas, muitos são (ou se dizem ser)educadores...
Abs,