Saturday, October 25, 2008

Patrimônio Imaterial



Passei no BLOG do Paulo (Pólo de Gravataí) e ao ler suas postagens fiquei encantada! Principalmente onde ele relata suas percepções com relação ao lançamento da "Campanha Toda Escola Tem Uma História Para Contar" é fantástico! Realmente os maiores patrimônios de uma escola se constituem através de nossas vivências. Os sujeitos que dela fazem parte e suas trajetórias de VIDA se integram e provocam uma memória coletiva que merece ser documentada e relatada. Durante todo ano (2008) participei do curso PROGESTÃO, oferecido pela 28ª CRE, nele estudamos vários módulos e nesta quarta-feira (22/10) fizemos o encerramento em Cachoeirinha. Os módulos apresentados como destaques foram: Parcerias na Escola Pública (como captar recursos) e o módulo do Patrimônio “Imaterial”! A escola que apresentou sobre o patrimônio imaterial era de Glorinha, foi emocionante, a diretora fez a apresentação com um ex-aluno cantando um hino da escola escrito por ela, que conta a trajetória e memórias de sua comunidade, ao mesmo tempo era apresentado no power point fotos das mais diversas atividades ao longo do “tempo”. Estou muito feliz neste semestre em poder participar ativamente das atividades e contribuir com minha experiência de treze anos em gestão escolar. As atividades que estão sendo propostas nas disciplinas Organização e Gestão da Educação e Organização do Ensino Fundamental têm proporcionado intensa troca entre a experiência (prática) e os conhecimentos teóricos que colaboram para compreendermos a situação atual da educação em nosso país. Em conversas com a professora Maria Beatriz, sobre minhas angústias, percebi que a gestão para estar legitimada precisa contar com a participação de sua comunidade. E para atingir estes objetivos precisamos conhecer a Lei da Gestão Democrática e utilizá-la ao longo do nosso planejamento. Os Fóruns sobre PPP / Regimento Escolar e Temas para um Projeto Político Pedagógico permitem uma troca constante de angústias, percepções e ações de diferentes contextos. Através dos depoimentos dos colegas percebo o quanto algumas direções de escolas estão distanciadas do grupo de professores e talvez de toda a sua comunidade. Temos um longo caminho a percorrer...
“Mas quem está na chuva é para se molhar”!
Até a próxima!

Wednesday, October 22, 2008


Acredito ser importante compartilhar com os colegas educadores um pouco dos assuntos discutidos durante o “Seminário Regional de Gestão Pública Moderna”, promovido pela Escola de Governo – FDRH (Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos do Estado) em parceria com os demais órgãos estaduais da Região. Para este evento, realizado no dia 21 de outubro, foram convocados os diretores e mais dois representantes das escolas pertencentes a 28ª CRE (Coordenadoria de Educação) de Gravataí. Participaram representantes da educação e segurança pública.
Modernização da Gestão Pública
Sônia Santos (Cientista política e Assessora especial da Secretaria de Justiça e Desenvolvimento Social).
Esta palestrante faz uma rápida retrospectiva histórica na qual enfatiza alguns acontecimentos importantes do cenário nacional, dentre eles a Constituição de 1988.A estrutura estatal grande e arcaica até 1990, pois segundo (SANTOS) enquanto o mundo se flexibilizava, aqui no Brasil, nós fizemos o contrário. A estrutura macro do Estado (tentacular) tentava suprir todas as necessidades. A partir do governo FHC começa a ocorrer uma mudança. Em 2008 foi aprovada a Lei 12901 marco legal das OSCIPs. A lei permite a Contratualização da gestão com organizações da sociedade civil, através da assinatura de termos de parceria nas áreas de prestação de serviços não exclusivos de Estado;
A aprovação da Lei induz a uma reavaliação da chamada administração indireta do Estado;
A avaliação de entidades como OS/OSCIP tem objetivo de permitir e incentivar a publicização, ou seja, a gestão não lucrativa pela sociedade de instituições públicas prestadoras de serviços não-esxclusivos do Estado;
A publicização permite transferir a sociedade a gestão de um equipamento ou serviço público não-exclusivo de Estado, mediante a assinatura de um termo de parceria que estabelece metas e obrigações a serem observadas.

Gestão por Competências
Patrícia Fagundes (Psicóloga e Dra. Gestão por Competências).
Esta palestra foi interessante principalmente por seu arcabouço teórico. A palestrante apresentou as características da contemporaneidade:
Paradigma sistêmico-complexo – o mundo cada vez mais complexo e sistêmico;
Complexidades, imprevisibilidade e incertezas(MORIN, 1996;2006);
Visão sistêmica do mundo (CAPRA, 1996);
Diversidade e interdependência das relações (LIPMAN- BLUMEN, 1999);
Transformações nas relações de trabalho: Migram de um modelo mecanicista de produção, para a inovação e, consequentemente, a enfase no potencial humano do trabalhador.
A Gestão por competências não pode estar desvinculada dos princípios, valores, missão e visão da organização e deve valorizar a lógica da capacidade de adaptar e/ou regenerar situações.
“Os trabalhadores do conhecimento precisarão gerenciar a si mesmos” (DRUKER, 1999).
Perguntar:
Quem sou?
Quais são as minhas forças?
Como trabalho?
A que lugar pertenço?
Qual é o meu diferencial e a minha contribuição?
Assumir responsabilidade pela construção de relacionamento;
Planejar-se para a segunda metade das suas vidas.


Gestão por Resultados
Irma Macalmes (Psicopedagoga, Técnica em Planejamento da SEPLAG).

Finanças Públicas
Liderau Marques (Economista, Dr. Economia e Assessor do Gabinete da Governadora).
Uma ampla explicação sobre as Finanças Públicas e o ajuste fiscal do RS.

Gestão de Pessoas
Denise Russo (Diretora Executiva da Secretaria de Justiça e Desenvolvimento Social – Mestre em Gestão Empresarial).
A Gestão de Pessoas é a área que “cuida” das pessoas. A ênfase é na pessoa:
A imagem publicada faz parte desta palestra.

Sunday, October 19, 2008

CAE - Viamão


Nesta semana realizei uma atividade interessante e gratificante na DISCIPLINA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO, quanto ao uso dos recursos financeiros locais e a forma como os mesmos são controlados pela sociedade. Algumas questões foram esclarecidas através da entrevista com o presidente do CAE Viamão e as leituras sugeridas, porém outras questões surgiram no decorrer desta pesquisa. É importante registrar que o presidente do CAE de Viamão (durante nossa conversa) demonstrou ser um cidadão comprometido e consciente de suas responsabilidades e da importância de sua colaboração na fiscalização da qualidade da merenda escolar e da aplicação adequada dos recursos do Programa Nacional de alimentação escolar. Cabe ressaltar que no mesmo município, no caso Viamão, há duas formas diferentes de acompanhar e fiscalizar o uso dos recursos financeiros locais pela sociedade. De um lado, as escolas municipais que recebem o apoio e a fiscalização do CAE. E de outro, as escolas estaduais, que não possuem qualquer tipo de fiscalização, ou esta não é realizada da forma com que a Lei estabelece. Conforme o site do FNDE: “Os recursos financeiros provêm do Tesouro Nacional e estão assegurados no Orçamento da União. O FNDE transfere a verba às entidades executoras (estados, Distrito Federal e municípios) em contas correntes específicas abertas pelo próprio FNDE, sem necessidade de celebração de convênio, ajuste, acordo, contrato ou qualquer outro instrumento. As entidades executoras (EE) têm autonomia para administrar o dinheiro e compete a elas a complementação financeira para a melhoria do cardápio escolar, conforme estabelece a Constituição Federal. A transferência é feita em dez parcelas mensais, a partir do mês de fevereiro, para a cobertura de 200 dias letivos. Cada parcela corresponde a vinte dias de aula. Do total, 70% dos recursos são destinados à compra de produtos alimentícios básicos, ou seja, semi-elaborados e in natura”. Analisando nossa realizada percebo o quanto é frágil à fiscalização e controle do estado sobre as entidades sob sua responsabilidade, pois nas escolas estaduais cabe ao Conselho Escolar fazer esta fiscalização, sendo que este colegiado muitas vezes funciona de forma precária por desconhecimento da comunidade em relação a sua importância. É preocupante perceber a fragilidade deste sistema e a falta de informação da sociedade civil sobre seus direitos e formas de participação no controle dos gastos públicos. Apesar de ser atualmente diretora de uma escola estadual do mesmo município (Viamão), fiquei surpresa com a atuação do CAE e por alguns depoimentos de colegas de escolas municipais vizinhas, que comentaram da rigorosidade e seriedade do trabalho deste conselho no município. Ao mesmo tempo é triste perceber que o estado nada faz para o controle desta verba nas escolas estaduais. Nunca recebemos nenhuma visita e quando solicitamos formação e orientação para nossas funcionárias na CRE (Coordenadoria de Educação) recebemos como resposta um “não adianta...” As direções realizam uma prestação de contas semestral e podem adquirir inúmeros produtos para merenda, sendo que a CRE envia uma listagem com algumas sugestões de cardápios , não ocorrem reuniões e quem assina a prestação de contas é a diretora e o presidente do Conselho Escolar, sem necessidade de reunião deste conselho. É um absurdo que isto ainda ocorra, pois temos conhecimento de casos de aplicação indevida desta verba. Após a aprovação deste processo pela CRE ele retorna para arquivamento na escola. Nunca ocorreu nenhuma visita ou qualquer tipo de fiscalização. E a falta de merendeiras na rede estadual agrava a situação, pois acabam as serventes fazendo a merenda.

Referências


Entrevista com o Presidente do CAE Viamão - Sr. Carlos Fernando Oliveira da Silva - e-mail:
cae.viamaol@hotmail.com

FARENZENA, Nalú. Fontes e usos dos recursos. Prioridades e(Re)distribuição de recursos. Leitura opcional da Temática:
“Financiamento da Educação Pública Brasileira”. Disponível em: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo5/organizacao_gestao/modulo4/financiamento_%202008.ppt

PINTO, José Marcelino de Rezende; ADRIÃO, Thereza. Noções Gerais sobre o Financiamento da Educação no Brasil. Disponível em:
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo5/organizacao_gestao/modulo4/texto_financiamento_marcelino_e_thereza.pdf

Site do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação:
http://www.fnde.gov.br/home/index.jsp?arquivo=alimentacao_escolar.html#conselho

Tuesday, October 14, 2008

Homenagem ao nosso dia

Mensagem de Rubem Alves aos educadores...


Queridas professoras e queridos professores:
Faz muitos anos escrevi isso:
“Ensinar é um exercício de imortalidade.
De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra.
O professor, assim, não morre jamais...”
Agora, que já estou velho, 75 anos, para mim já é crepúsculo, fico feliz pensando em vocês. De alguma forma estivemos juntos pela mediação dos livros e penso que dei um pouco de mim mesmo para vocês. Assim eu me alegro sabendo que mesmo depois de “encantado” continuarei a conversar com professores e a brincar com as crianças.
Porque, para as crianças, o aprender deve ser um jeito de brincar...
Dou para vocês uma coisa antiga, fora de moda: a minha benção. “Benção” vem de “bendição”, que vem de “bem dizer”. Eu bem-digo vocês, professores e professoras, meus amigos.
É muito bom que vocês existem.
Abraço afetuoso do Rubem Alves.

Wednesday, October 08, 2008

GESTÃO EM REDE

Recebemos nesta semana três revistas GESTÃO EM REDE dos meses de junho – nº. 86 (Liderança em Gestão: O que faz uma escola funcionar bem?), agosto- nº. 87 (Fala, Gestor! Gestão Participativa no âmbito escolar) e setembro nº. 88 (Texto atual: O papel do Projeto Político-Pedagógico na gestão democrática da escola). Este material foi produzido pelo Consed - Conselho Nacional de Secretários de Educação como veículo de comunicação do Projeto Renageste (Rede Nacional de Referência em Gestão Educacional do Consed). As reportagens trazem a tona os assuntos que estão sendo discutidos na disciplina de Organização do Ensino Fundamental, com ênfase na participação da comunidade na escola, planejamento e Gestão Democrática. O texto: O papel do Projeto Político-Pedagógico (PPP) na Gestão democrática da Escola, de Simone Magalhães Wolff Zanini, editado a partir de sua monografia, realizada na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Santa Maria) como requisito ao título de Especialista em Gestão Educacional, proporciona uma análise das políticas educacionais instituídas no Brasil pela atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). O estudo se fundamenta na compreensão política e prática do PPP, como um dos fatores de democratização da gestão escolar. Nele a autora explica que: “A forma como o PPP é formulado ou utilizado pelas escolas, nem sempre contribui para a efetivação do processo de democratização da gestão escolar, limitando sua existência a um mero documento legal e obrigatório, apenas existente no campo burocrático” (ZANINI, 2008, p. 13). As idéias deste texto colaboram com as discussões realizadas nos Fóruns: “PPP e Regimento” e “Temas para um PPP”!

Saturday, October 04, 2008

Participação???

Na disciplina Organização do Ensino Fundamental estamos discutindo sobre a participação dos diferentes segmentos da comunidade atualmente nas escolas, que em minha opinião ainda é uma UTOPIA. Os pais podem "participar" de alguns momentos do processo, nas reuniões de pais, conselhos de classe participativos, festas, entrega de boletins... Mas dificilmente defendem suas idéias... Eu participo de equipes diretivas desde 1995, na época do governo Britto, com a Lei da Gestão Democrática nº. 10576/95, e desde então tento articular a comunidade para participarem do processo de educação dos filhos, porém os avanços são mínimos... As equipes precisam mobilizar e encorajar, mas o movimento, o ritmo do trabalho quem impõe é a comunidade. Assim acredito que estar inserida na proposta da escola é conhecer sua realidade e participar de ações em prol da sua comunidade. Não compreendo como alguns colegas conseguem chegar à escola, passar nela grande parte de seu dia e não tomar conhecimento dos acontecimentos ao seu redor. Aqui na escola temos profissionais engajados e preocupados com o futuro da educação. Mas como toda regra há exceções... Precisamos de comprometimento, vontade e capacidade para enfrentarmos nosso desafio educacional. Assim, conhecer a nossa realidade é fundamental. Para Lemes (texto Módulo 2, 2008): “Essa proposta contempla uma necessidade intrínseca do trabalho conjunto e participativo dos envolvidos no processo: alunos, professores, diretores, coordenadores pedagógicos etc. (...) a adequação, participação e flexibilização curricular se mostram como essenciais para o currículo na escola democratizada. Adequação tanto à sua realidade local/regional quanto na forma de aplicação de suas ações pedagógicas. É desejável, no entanto, que a origem desse procedimento seja um projeto pedagógico e educativo que atenda às necessidades e demandas dessa realidade apresentadas à escola. A partir de então resta a busca de uma forma adequada de utilização do tempo e dos procedimentos do fazer pedagógico”.
O autor continua: “Frente ao exposto podemos considerar que a complexidade do processo de escolarização, no momento que se pretende compreendê-lo, de fato, verifica-se que é significativamente maior e mais complexo que se pensa. Os recortes e reducionismos provocados pela mentalidade instalada, a partir do pensamento tradicional de ensino e de escolarização, impõem tais concepções e, com isso, impede, durante grande parte de sua história, que se conheça, criticamente, toda sua amplitude e profundidade buscando, enfim, sua essência educativa, política e social, Assim, longe de se estar propondo a solução para tais questões, mas considerando a legitimidade do princípio e, talvez, mais um passo nesse sentido, este é hoje o nosso maior desafio”.

Referências

Texto da disciplina Organização do Ensino Fundamental: ”A organização do currículo e a escola democratizada: pistas históricas e perspectivas necessárias”. Prof. Dr. Sebastião de Souza Lemes (Módulo II, 2008).

Wednesday, October 01, 2008

PROGESTÃO





Ontem, dia 30 de setembro, concluímos o Curso PROGESTÃO realizado pela 28ª Coordenadoria de Educação com diretores das Escolas Estaduais de Viamão. Estava um dia maravilhoso e aproveitamos a oportunidade para compartilhar com os colegas diretores das belezas e ambientes de Itapuã. Sou apaixonada pela minha escola E.E.E. M. Dr. Genésio Pires e por este ambiente privilegiado de praias e matas preservadas. Iniciamos nossa visita pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Frei Pacífico foto) que incorpora diversas tecnologias e utiliza materiais de baixo impacto ambiental na sua construção. É a primeira escola do estado construída a partir dos conceitos da sustentabilidade.
Um projeto desenvolvido pelo Núcleo Orientado para Inovação Tecnológica da Edificação da UFRGS, seguindo princípios da sustentabilidade, tendo sido inaugurada no dia 10 de novembro de 2007. O projeto faz referência à cultura indígena e aproveita os elementos existentes na região. Além disso, foram utilizados recursos bioclimáticos, como orientação solar e ventilação natural. A arquiteta estava presente e explicou como foi realizada a pesquisa para elaboração do projeto. A seguir, fomos para o Parque Estadual de Itapuã, na Praia da Pedreira, de onde iniciamos o passeio de barco até o Farol de Itapuã e a seguir até a Praia da Vila, onde está localizada nossa escola. À tarde iniciamos com a apresentação da banda da Escola Genésio Pires e uma apresentação da aluna Daiane da turma 302 sobre a Revolução Farroupilha. Concluímos o módulo IX sobre Avaliação na GESTÃO. O grupo pretende continuar os encontros, mesmo que informalmente, pois no contexto em que estamos inseridos, são fundamentais para socializarmos experiências e projetos. Assim podemos aprender com os colegas e sentir que fazemos parte de um grupo.