Sunday, November 16, 2008

Controle Social e Cidadania


Através do curso Controle Social e Cidadania que estou participando na modalidade à distância, da ESAF (Escola de Administração Fazendária), percebi que existem diferentes formas do cidadão brasileiro participar e fiscalizar o uso adequado das verbas públicas. No ambiente do curso temos acesso a Cartilha: Programa Olho Vivo no Dinheiro Público. A seguir transcrevo trechos deste documento: “O controle social é entendido como a participação do cidadão na gestão pública, na fiscalização, no monitoramento e no controle das ações da Administração Pública. Trata-se de importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania. No Brasil, a preocupação em se estabelecer um controle social forte e atuante torna-se ainda maior, em razão da extensão territorial do país e da descentralização geográfica dos órgãos públicos integrantes dos três níveis federativos – União, Estados e Municípios. O controle social é um complemento indispensável ao controle institucional realizado pelos órgãos que fiscalizam os recursos públicos. Essa participação é importante porque contribui para a boa e correta aplicação dos recursos públicos, fazendo com que as necessidades da sociedade sejam atendidas de forma eficiente. No entanto, para que os cidadãos possam desempenhar de maneira eficaz o controle social, é necessário que sejam mobilizados e recebam orientações sobre como podem ser fiscais dos gastos públicos. Formadores de consciências têm papel importante no incentivo ao controle social”.
Para que estes mecanismos de controle social funcionem é essencial à mobilização da sociedade e sua participação na gestão governamental. Somente com a conscientização da sociedade do seu papel ativo neste processo, não adianta só reclamar dos nossos governantes, pois afinal nós os elegemos. Nós como educadores temos uma importante participação no controle social, podemos participar como colaboradores diretos dos conselhos existentes, como: CAE - Conselho de Alimentação Escolar, Conselho de Acompanhamento do Fundeb, Conselho do Programa Bolsa Família, Unidades Executoras do Programa de Dinheiro Direto na Escola - PDDE, fornecendo informações e percepções com relação à realidade das escolas onde lecionamos e/ ou como colaboradores indiretos, divulgando entre seus colegas, alunos e comunidade em geral informações sobre a existência e as finalidades dos conselhos. Através da transparência das ações governamentais com a disponibilidade de informações em sites como o Portal da Transparência, que apresenta inúmeras informações sobre o uso do dinheiro público federal em estados e municípios, podemos acessar dados da aplicação das verbas, prazos, responsável pela aplicação dos recursos e o valor total enviado ao nosso município.

Sunday, November 09, 2008

Projetos de Aprendizagem

Durante este semestre aprendemos a trabalhar em torno dos PAs (Projetos de Aprendizagem), através desta atividade foi possível estabelecer “determinadas relações entre aprendizes e professores e aprendizes e aprendizes que podem ser passíveis da emergência de um emocionar que considere a aceitação do outro, possibilitando interações de cooperação (que se produzem em um domínio recursivo de ações de cooperação)” (REAL). Foram momentos de intensa troca entre todos os componentes do grupo, que implica um exercício de cooperação entre os envolvidos. E principalmente uma “aceitação de diversidades de pensamentos nos modos de ser e de viver; realização e aceitação da crítica como um processo construtivo; respeito entre os envolvidos, tanto nas relações interpessoais como na relação com o conhecimento informal trazido pelo grupo; consideração em relação aos conhecimentos construídos na comunidade (...)” (REAL).
Conforme o texto da Professora Luciane, para Maturana: “o conhecimento está na própria ação/vivência do ser humano”. Nosso PA foi construído a partir da questão: “Que implicações nas áreas cognitiva, social, afetiva e comportamental envolvem os alunos que ingressam na 5ª série?" Esta idéia surgiu a partir da constatação de que na 5ª série os alunos passam por uma fase de transição que afeta seu comportamento, suas atitudes e seu desempenho escolar. Para o grupo estas mudanças estão diretamente ligadas ao fato de que nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries) os alunos terem somente uma professora (unidocente) e na 5ª série, início das Séries Finais passarem a ter vários professores diferentes. Na minha escola, por exemplo, temos nove professores em cada 5ª série, nas disciplinas de História, Geografia, Artes, Ensino Religioso, Matemática, Gestão ambiental, Português, Educação Física, Língua Inglesa e Ciências. Deste grupo, é possível observar que aqueles que utilizam diferentes recursos pedagógicos em suas aulas conseguem melhores resultados. Além disso, alguns professores têm dificuldade em manter a organização da sala e a concentração dos alunos/alunas. Estes problemas aliados a um conteúdo distante da realidade dos alunos provocam um total desinteresse. A maior dificuldade segundo estes colegas é o “tempo” reservado ao planejamento, ou seja, a maioria dos colegas possui 40 ou 60 horas em todas as turmas da escola, inclusive o Ensino Médio. Então como preparar uma aula que envolva estas crianças e jovens com o conteúdo? É importante salientar que nossa metodologia é extremamente tradicional e reflete o descaso com que a educação é tratada em nosso país (políticas educacionais). Nosso PA foi construído coletivamente, bem como a escrita do hipertexto, que está alicerçado em nossas leituras, dados empíricos e as dúvidas e certezas que nortearam nossa pesquisa. Para Morin (2000, p. 59 e 53): "(...) quando conservamos e descobrimos novos arquipélagos de certezas, devemos saber que navegamos em um oceano de incertezas (...) a aprendizagem da compreensão e da lucidez, além de nunca ser concluída, deve ser continuamente recomeçada (regenerada)". A escrita coletiva do PA proporciona um interagir e um aprender a conviver com o outro que precisam ser valorizados no ambiente escolar.

Referências

REAL, Luciane M. Corte. APRENDER COM OS OUTROS INTERAGINDO NOS PROJETOS DE APRENDIZAGEM
REAL, Luciane M. Corte. TRANSFORMAÇÕES NA CONVIVÊNCIA SEGUNDO MATURANA

Sunday, November 02, 2008

Pensamento Crítico através da Arte na Escola Pública

No dia 31 de outubro, os alunos e alunas, professores e professoras, da E.E.E.M. Dr. Genésio Pires, participaram da criação de tapetes de materiais diversos (areia, carvão, erva de chimarrão usada, serragem...). Através deste projeto: “Pensamento Crítico através da Arte na Escola Pública”, os estudantes manifestam sua opinião sobre problemas de relevância social, econômica e ambiental, elaborados e pesquisados a partir do Projeto MULTIFEIRA. A comunidade pode assistir a construção de cada painel na calçada da Praça da Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, na Vila de Itapuã. Os professores e professoras desenvolvem os projetos de pesquisa durante o primeiro semestre, que após serem apresentados na MULTIFEIRA, são adaptados para que através da arte, se transformem em imagens que representem o pensamento do grupo e os objetivos da pesquisa. Esta produção coletiva de alunos/as e professores/as demonstra a importância do entrosamento dos diferentes segmentos da comunidade escolar : "A partir do Regimento Escolar, compreendido como caminho que rege o ato de aprender, os professores podem organizar suas tarefas em processo coletivo ou individual. Sobretudo, este instrumento deve ser norteador de um trabalho-diálogo, pois em escola, a produção deve ser resultado de esforços solidários e coletivos de pensar e de agir na e para a educação”
(BAIRROS; GOMES, 2006-2009, p.7).

Saturday, October 25, 2008

Patrimônio Imaterial



Passei no BLOG do Paulo (Pólo de Gravataí) e ao ler suas postagens fiquei encantada! Principalmente onde ele relata suas percepções com relação ao lançamento da "Campanha Toda Escola Tem Uma História Para Contar" é fantástico! Realmente os maiores patrimônios de uma escola se constituem através de nossas vivências. Os sujeitos que dela fazem parte e suas trajetórias de VIDA se integram e provocam uma memória coletiva que merece ser documentada e relatada. Durante todo ano (2008) participei do curso PROGESTÃO, oferecido pela 28ª CRE, nele estudamos vários módulos e nesta quarta-feira (22/10) fizemos o encerramento em Cachoeirinha. Os módulos apresentados como destaques foram: Parcerias na Escola Pública (como captar recursos) e o módulo do Patrimônio “Imaterial”! A escola que apresentou sobre o patrimônio imaterial era de Glorinha, foi emocionante, a diretora fez a apresentação com um ex-aluno cantando um hino da escola escrito por ela, que conta a trajetória e memórias de sua comunidade, ao mesmo tempo era apresentado no power point fotos das mais diversas atividades ao longo do “tempo”. Estou muito feliz neste semestre em poder participar ativamente das atividades e contribuir com minha experiência de treze anos em gestão escolar. As atividades que estão sendo propostas nas disciplinas Organização e Gestão da Educação e Organização do Ensino Fundamental têm proporcionado intensa troca entre a experiência (prática) e os conhecimentos teóricos que colaboram para compreendermos a situação atual da educação em nosso país. Em conversas com a professora Maria Beatriz, sobre minhas angústias, percebi que a gestão para estar legitimada precisa contar com a participação de sua comunidade. E para atingir estes objetivos precisamos conhecer a Lei da Gestão Democrática e utilizá-la ao longo do nosso planejamento. Os Fóruns sobre PPP / Regimento Escolar e Temas para um Projeto Político Pedagógico permitem uma troca constante de angústias, percepções e ações de diferentes contextos. Através dos depoimentos dos colegas percebo o quanto algumas direções de escolas estão distanciadas do grupo de professores e talvez de toda a sua comunidade. Temos um longo caminho a percorrer...
“Mas quem está na chuva é para se molhar”!
Até a próxima!

Wednesday, October 22, 2008


Acredito ser importante compartilhar com os colegas educadores um pouco dos assuntos discutidos durante o “Seminário Regional de Gestão Pública Moderna”, promovido pela Escola de Governo – FDRH (Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos do Estado) em parceria com os demais órgãos estaduais da Região. Para este evento, realizado no dia 21 de outubro, foram convocados os diretores e mais dois representantes das escolas pertencentes a 28ª CRE (Coordenadoria de Educação) de Gravataí. Participaram representantes da educação e segurança pública.
Modernização da Gestão Pública
Sônia Santos (Cientista política e Assessora especial da Secretaria de Justiça e Desenvolvimento Social).
Esta palestrante faz uma rápida retrospectiva histórica na qual enfatiza alguns acontecimentos importantes do cenário nacional, dentre eles a Constituição de 1988.A estrutura estatal grande e arcaica até 1990, pois segundo (SANTOS) enquanto o mundo se flexibilizava, aqui no Brasil, nós fizemos o contrário. A estrutura macro do Estado (tentacular) tentava suprir todas as necessidades. A partir do governo FHC começa a ocorrer uma mudança. Em 2008 foi aprovada a Lei 12901 marco legal das OSCIPs. A lei permite a Contratualização da gestão com organizações da sociedade civil, através da assinatura de termos de parceria nas áreas de prestação de serviços não exclusivos de Estado;
A aprovação da Lei induz a uma reavaliação da chamada administração indireta do Estado;
A avaliação de entidades como OS/OSCIP tem objetivo de permitir e incentivar a publicização, ou seja, a gestão não lucrativa pela sociedade de instituições públicas prestadoras de serviços não-esxclusivos do Estado;
A publicização permite transferir a sociedade a gestão de um equipamento ou serviço público não-exclusivo de Estado, mediante a assinatura de um termo de parceria que estabelece metas e obrigações a serem observadas.

Gestão por Competências
Patrícia Fagundes (Psicóloga e Dra. Gestão por Competências).
Esta palestra foi interessante principalmente por seu arcabouço teórico. A palestrante apresentou as características da contemporaneidade:
Paradigma sistêmico-complexo – o mundo cada vez mais complexo e sistêmico;
Complexidades, imprevisibilidade e incertezas(MORIN, 1996;2006);
Visão sistêmica do mundo (CAPRA, 1996);
Diversidade e interdependência das relações (LIPMAN- BLUMEN, 1999);
Transformações nas relações de trabalho: Migram de um modelo mecanicista de produção, para a inovação e, consequentemente, a enfase no potencial humano do trabalhador.
A Gestão por competências não pode estar desvinculada dos princípios, valores, missão e visão da organização e deve valorizar a lógica da capacidade de adaptar e/ou regenerar situações.
“Os trabalhadores do conhecimento precisarão gerenciar a si mesmos” (DRUKER, 1999).
Perguntar:
Quem sou?
Quais são as minhas forças?
Como trabalho?
A que lugar pertenço?
Qual é o meu diferencial e a minha contribuição?
Assumir responsabilidade pela construção de relacionamento;
Planejar-se para a segunda metade das suas vidas.


Gestão por Resultados
Irma Macalmes (Psicopedagoga, Técnica em Planejamento da SEPLAG).

Finanças Públicas
Liderau Marques (Economista, Dr. Economia e Assessor do Gabinete da Governadora).
Uma ampla explicação sobre as Finanças Públicas e o ajuste fiscal do RS.

Gestão de Pessoas
Denise Russo (Diretora Executiva da Secretaria de Justiça e Desenvolvimento Social – Mestre em Gestão Empresarial).
A Gestão de Pessoas é a área que “cuida” das pessoas. A ênfase é na pessoa:
A imagem publicada faz parte desta palestra.

Sunday, October 19, 2008

CAE - Viamão


Nesta semana realizei uma atividade interessante e gratificante na DISCIPLINA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA EDUCAÇÃO, quanto ao uso dos recursos financeiros locais e a forma como os mesmos são controlados pela sociedade. Algumas questões foram esclarecidas através da entrevista com o presidente do CAE Viamão e as leituras sugeridas, porém outras questões surgiram no decorrer desta pesquisa. É importante registrar que o presidente do CAE de Viamão (durante nossa conversa) demonstrou ser um cidadão comprometido e consciente de suas responsabilidades e da importância de sua colaboração na fiscalização da qualidade da merenda escolar e da aplicação adequada dos recursos do Programa Nacional de alimentação escolar. Cabe ressaltar que no mesmo município, no caso Viamão, há duas formas diferentes de acompanhar e fiscalizar o uso dos recursos financeiros locais pela sociedade. De um lado, as escolas municipais que recebem o apoio e a fiscalização do CAE. E de outro, as escolas estaduais, que não possuem qualquer tipo de fiscalização, ou esta não é realizada da forma com que a Lei estabelece. Conforme o site do FNDE: “Os recursos financeiros provêm do Tesouro Nacional e estão assegurados no Orçamento da União. O FNDE transfere a verba às entidades executoras (estados, Distrito Federal e municípios) em contas correntes específicas abertas pelo próprio FNDE, sem necessidade de celebração de convênio, ajuste, acordo, contrato ou qualquer outro instrumento. As entidades executoras (EE) têm autonomia para administrar o dinheiro e compete a elas a complementação financeira para a melhoria do cardápio escolar, conforme estabelece a Constituição Federal. A transferência é feita em dez parcelas mensais, a partir do mês de fevereiro, para a cobertura de 200 dias letivos. Cada parcela corresponde a vinte dias de aula. Do total, 70% dos recursos são destinados à compra de produtos alimentícios básicos, ou seja, semi-elaborados e in natura”. Analisando nossa realizada percebo o quanto é frágil à fiscalização e controle do estado sobre as entidades sob sua responsabilidade, pois nas escolas estaduais cabe ao Conselho Escolar fazer esta fiscalização, sendo que este colegiado muitas vezes funciona de forma precária por desconhecimento da comunidade em relação a sua importância. É preocupante perceber a fragilidade deste sistema e a falta de informação da sociedade civil sobre seus direitos e formas de participação no controle dos gastos públicos. Apesar de ser atualmente diretora de uma escola estadual do mesmo município (Viamão), fiquei surpresa com a atuação do CAE e por alguns depoimentos de colegas de escolas municipais vizinhas, que comentaram da rigorosidade e seriedade do trabalho deste conselho no município. Ao mesmo tempo é triste perceber que o estado nada faz para o controle desta verba nas escolas estaduais. Nunca recebemos nenhuma visita e quando solicitamos formação e orientação para nossas funcionárias na CRE (Coordenadoria de Educação) recebemos como resposta um “não adianta...” As direções realizam uma prestação de contas semestral e podem adquirir inúmeros produtos para merenda, sendo que a CRE envia uma listagem com algumas sugestões de cardápios , não ocorrem reuniões e quem assina a prestação de contas é a diretora e o presidente do Conselho Escolar, sem necessidade de reunião deste conselho. É um absurdo que isto ainda ocorra, pois temos conhecimento de casos de aplicação indevida desta verba. Após a aprovação deste processo pela CRE ele retorna para arquivamento na escola. Nunca ocorreu nenhuma visita ou qualquer tipo de fiscalização. E a falta de merendeiras na rede estadual agrava a situação, pois acabam as serventes fazendo a merenda.

Referências


Entrevista com o Presidente do CAE Viamão - Sr. Carlos Fernando Oliveira da Silva - e-mail:
cae.viamaol@hotmail.com

FARENZENA, Nalú. Fontes e usos dos recursos. Prioridades e(Re)distribuição de recursos. Leitura opcional da Temática:
“Financiamento da Educação Pública Brasileira”. Disponível em: http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo5/organizacao_gestao/modulo4/financiamento_%202008.ppt

PINTO, José Marcelino de Rezende; ADRIÃO, Thereza. Noções Gerais sobre o Financiamento da Educação no Brasil. Disponível em:
http://www.pead.faced.ufrgs.br/sites/publico/eixo5/organizacao_gestao/modulo4/texto_financiamento_marcelino_e_thereza.pdf

Site do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação:
http://www.fnde.gov.br/home/index.jsp?arquivo=alimentacao_escolar.html#conselho

Tuesday, October 14, 2008

Homenagem ao nosso dia

Mensagem de Rubem Alves aos educadores...


Queridas professoras e queridos professores:
Faz muitos anos escrevi isso:
“Ensinar é um exercício de imortalidade.
De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra.
O professor, assim, não morre jamais...”
Agora, que já estou velho, 75 anos, para mim já é crepúsculo, fico feliz pensando em vocês. De alguma forma estivemos juntos pela mediação dos livros e penso que dei um pouco de mim mesmo para vocês. Assim eu me alegro sabendo que mesmo depois de “encantado” continuarei a conversar com professores e a brincar com as crianças.
Porque, para as crianças, o aprender deve ser um jeito de brincar...
Dou para vocês uma coisa antiga, fora de moda: a minha benção. “Benção” vem de “bendição”, que vem de “bem dizer”. Eu bem-digo vocês, professores e professoras, meus amigos.
É muito bom que vocês existem.
Abraço afetuoso do Rubem Alves.

Wednesday, October 08, 2008

GESTÃO EM REDE

Recebemos nesta semana três revistas GESTÃO EM REDE dos meses de junho – nº. 86 (Liderança em Gestão: O que faz uma escola funcionar bem?), agosto- nº. 87 (Fala, Gestor! Gestão Participativa no âmbito escolar) e setembro nº. 88 (Texto atual: O papel do Projeto Político-Pedagógico na gestão democrática da escola). Este material foi produzido pelo Consed - Conselho Nacional de Secretários de Educação como veículo de comunicação do Projeto Renageste (Rede Nacional de Referência em Gestão Educacional do Consed). As reportagens trazem a tona os assuntos que estão sendo discutidos na disciplina de Organização do Ensino Fundamental, com ênfase na participação da comunidade na escola, planejamento e Gestão Democrática. O texto: O papel do Projeto Político-Pedagógico (PPP) na Gestão democrática da Escola, de Simone Magalhães Wolff Zanini, editado a partir de sua monografia, realizada na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Santa Maria) como requisito ao título de Especialista em Gestão Educacional, proporciona uma análise das políticas educacionais instituídas no Brasil pela atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). O estudo se fundamenta na compreensão política e prática do PPP, como um dos fatores de democratização da gestão escolar. Nele a autora explica que: “A forma como o PPP é formulado ou utilizado pelas escolas, nem sempre contribui para a efetivação do processo de democratização da gestão escolar, limitando sua existência a um mero documento legal e obrigatório, apenas existente no campo burocrático” (ZANINI, 2008, p. 13). As idéias deste texto colaboram com as discussões realizadas nos Fóruns: “PPP e Regimento” e “Temas para um PPP”!

Saturday, October 04, 2008

Participação???

Na disciplina Organização do Ensino Fundamental estamos discutindo sobre a participação dos diferentes segmentos da comunidade atualmente nas escolas, que em minha opinião ainda é uma UTOPIA. Os pais podem "participar" de alguns momentos do processo, nas reuniões de pais, conselhos de classe participativos, festas, entrega de boletins... Mas dificilmente defendem suas idéias... Eu participo de equipes diretivas desde 1995, na época do governo Britto, com a Lei da Gestão Democrática nº. 10576/95, e desde então tento articular a comunidade para participarem do processo de educação dos filhos, porém os avanços são mínimos... As equipes precisam mobilizar e encorajar, mas o movimento, o ritmo do trabalho quem impõe é a comunidade. Assim acredito que estar inserida na proposta da escola é conhecer sua realidade e participar de ações em prol da sua comunidade. Não compreendo como alguns colegas conseguem chegar à escola, passar nela grande parte de seu dia e não tomar conhecimento dos acontecimentos ao seu redor. Aqui na escola temos profissionais engajados e preocupados com o futuro da educação. Mas como toda regra há exceções... Precisamos de comprometimento, vontade e capacidade para enfrentarmos nosso desafio educacional. Assim, conhecer a nossa realidade é fundamental. Para Lemes (texto Módulo 2, 2008): “Essa proposta contempla uma necessidade intrínseca do trabalho conjunto e participativo dos envolvidos no processo: alunos, professores, diretores, coordenadores pedagógicos etc. (...) a adequação, participação e flexibilização curricular se mostram como essenciais para o currículo na escola democratizada. Adequação tanto à sua realidade local/regional quanto na forma de aplicação de suas ações pedagógicas. É desejável, no entanto, que a origem desse procedimento seja um projeto pedagógico e educativo que atenda às necessidades e demandas dessa realidade apresentadas à escola. A partir de então resta a busca de uma forma adequada de utilização do tempo e dos procedimentos do fazer pedagógico”.
O autor continua: “Frente ao exposto podemos considerar que a complexidade do processo de escolarização, no momento que se pretende compreendê-lo, de fato, verifica-se que é significativamente maior e mais complexo que se pensa. Os recortes e reducionismos provocados pela mentalidade instalada, a partir do pensamento tradicional de ensino e de escolarização, impõem tais concepções e, com isso, impede, durante grande parte de sua história, que se conheça, criticamente, toda sua amplitude e profundidade buscando, enfim, sua essência educativa, política e social, Assim, longe de se estar propondo a solução para tais questões, mas considerando a legitimidade do princípio e, talvez, mais um passo nesse sentido, este é hoje o nosso maior desafio”.

Referências

Texto da disciplina Organização do Ensino Fundamental: ”A organização do currículo e a escola democratizada: pistas históricas e perspectivas necessárias”. Prof. Dr. Sebastião de Souza Lemes (Módulo II, 2008).

Wednesday, October 01, 2008

PROGESTÃO





Ontem, dia 30 de setembro, concluímos o Curso PROGESTÃO realizado pela 28ª Coordenadoria de Educação com diretores das Escolas Estaduais de Viamão. Estava um dia maravilhoso e aproveitamos a oportunidade para compartilhar com os colegas diretores das belezas e ambientes de Itapuã. Sou apaixonada pela minha escola E.E.E. M. Dr. Genésio Pires e por este ambiente privilegiado de praias e matas preservadas. Iniciamos nossa visita pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Frei Pacífico foto) que incorpora diversas tecnologias e utiliza materiais de baixo impacto ambiental na sua construção. É a primeira escola do estado construída a partir dos conceitos da sustentabilidade.
Um projeto desenvolvido pelo Núcleo Orientado para Inovação Tecnológica da Edificação da UFRGS, seguindo princípios da sustentabilidade, tendo sido inaugurada no dia 10 de novembro de 2007. O projeto faz referência à cultura indígena e aproveita os elementos existentes na região. Além disso, foram utilizados recursos bioclimáticos, como orientação solar e ventilação natural. A arquiteta estava presente e explicou como foi realizada a pesquisa para elaboração do projeto. A seguir, fomos para o Parque Estadual de Itapuã, na Praia da Pedreira, de onde iniciamos o passeio de barco até o Farol de Itapuã e a seguir até a Praia da Vila, onde está localizada nossa escola. À tarde iniciamos com a apresentação da banda da Escola Genésio Pires e uma apresentação da aluna Daiane da turma 302 sobre a Revolução Farroupilha. Concluímos o módulo IX sobre Avaliação na GESTÃO. O grupo pretende continuar os encontros, mesmo que informalmente, pois no contexto em que estamos inseridos, são fundamentais para socializarmos experiências e projetos. Assim podemos aprender com os colegas e sentir que fazemos parte de um grupo.

Saturday, September 27, 2008

Curso de Extensão Planejamento Pedagógico Hipermididático a Distância

Ontem foi o primeiro encontro presencial do Curso de Extensão: Planejamento Pedagógico Hipermididático à distância, um projeto de pesquisa que vem sendo desenvolvido na UFRGS desde 2005, que pretende proporcionar a usabilidade de um sistema virtualização dos Diários de aula e para acompanhamento de estágios docentes em licenciatura. O curso é coordenado pela Professora Cíntia Inês Boll (coordenadora e professora no Curso de Pedagogia a Distância PEAD - Pólo de São Leopoldo). A proposta deste curso é interessante porque permite a criação de uma rede de conhecimento entre os participantes do curso através de um ambiente onde nosso planejamento será compartilhado com professores, tutores e colegas. Além disso, após a conclusão deste curso será possível continuar participando deste ambiente podendo utilizá-lo em nossas escolas. O encontro foi realizado no auditório do prédio de Arquitetura da UFRGS. Encontrei a Professora Íris, Beatriz, Rosane, o tutor Alexandre e a colega Selva, que também está participando, já aproveitamos para falar sobre os P.A (Projetos de Aprendizagem) que estão monopolizando as atenções neste semestre. Estou otimista com relação as aprendizagens que estão sendo disponibilizadas neste semestre, através da interação e cooperação entre os grupos.

Friday, September 19, 2008

Projetos de Aprendizagem

Visitando a página do WIKI referente aos Projetos de Aprendizagem (PA) conforme sugerido, achei interessante o tema do PA: Psicotrópicos e Dependência, realizado pelas professoras Suênia Izabel Lino Molin e Marlete Daura de Souza (que participou de uma etapa do projeto). Além da organização da página chamou minha atenção os relatos da página “Aprendizagem da Suênia”, onde a autora relata a leitura do texto das professoras Costa e Magdalena, “Por que avaliar? Alguns “comos” para se chegar aos porquês”. Após a leitura de sua avaliação senti vontade de ler o texto que nos propõe uma reflexão sobre a avaliação realizada na escola tradicional e a avaliação que pode ser feita através dos Projetos de Aprendizagem. É claro que para nossa realidade atual precisamos ainda discutir muito sobre o assunto até implantá-lo em nossas escolas. Os Projetos de Aprendizagem necessitam de “tempo” para sua elaboração, “espaço” e orientação. Para as autoras: “Este tipo de realidade está cada vez mais presente nas salas de aula, cujos professores buscam a superação do modelo tradicional aliando o trabalho com projetos de aprendizagem aos ambientes telemáticos. Hoje, já é bastante freqüente a postura teórica contrária a avaliação quantitativa e de resultados. No entanto, a superação deste modelo ainda traz inquietações e ainda aparece mais no discurso do que em ações criativas e concretas de avaliação qualitativa de processos”(COSTA; MAGDALENA). Um exemplo deste discurso é o PPP (Projeto Político Pedagógico) da nossa escola, que analisei para disciplina de Organização da Escola de Ensino Fundamental, e que no item Metodologia de Ensino consta que nossa escola trabalha com a implantação de projetos desde 2004, mas na prática isto não ocorre, pois nossa metodologia continua tradicional.
As autoras enfatizam ainda que: “Em ambientes informatizados, o desenvolvimento de projetos se enriquece pelas possibilidades do uso de diferentes ferramentas interativas que aumentam e aprofundam as trocas cognitivas entre os grupos”. Nosso grupo do PA está trabalhando com o “comportamento infantil”, acredito que estamos no caminho certo. Iniciamos a elaboração do nosso projeto através das descrições de nossas certezas e dúvidas, depois definimos a questão central do projeto: “Que implicações nas áreas cognitiva, social, afetiva e comportamental envolvem os alunos que ingressam na 5ª série?” A partir daí relatamos nossas experiências e lapidamos nossa questão central, estamos na fase da pesquisa e coleta de informações. A aprendizagem ocorre à medida que interagimos com o outro com colaboração e cooperação. Segundo as autoras: “Dessa seleção resulta um material composto por elementos cotidianos e imprescindíveis, como por exemplo, as trocas presenciais ou virtuais acerca de determinado assunto em estudo; os textos recolhidos e lidos tanto na internet quando em material impresso; as sínteses a que chegaram e apresentaram em páginas ou hipertextos; as hipóteses que levantaram e as confirmações ou refutações obtidas; os experimentos realizados capazes de fortalecer a compreensão de suas questões; os raciocínios desenvolvidos” (COSTA; MAGDALENA).

Referências
COSTA, Íris Elisabeth Tempel; MAGDALENA, Beatriz Corso. Por que avaliar? Alguns “comos” para se chegar aos porquês

Thursday, September 11, 2008

AÇÃO E INTERAÇÃO!!!

Estimulada pelo assunto do texto: “Transformações na convivência segundo Maturana”, da professora Luciane M. Corte Real, reinicio minhas postagens... Através da leitura deste texto a professora Luciane propõe um exercício de análise com relação ao quadro que cada aluno(a) elaborou na atividade da aula 2. Neste quadro, relatamos alguns dos comportamentos que identificamos em nós e na família com relação às fases do desenvolvimento conforme a teoria de Erikson. Esta atividade e o Fórum em andamento estão possibilitando uma atenta observação de nossas experiências de vida e da forma com que estamos construindo o mundo. Este exercício de autoconhecimento provoca inúmeras emoções, pois conforme podemos perceber nos 5 fóruns da Interdisciplina, o foco da discussão oscila conforme as experiências de vida de cada grupo, entre suas relações interpessoais no trabalho e na família. “Construímos o mundo em que vivemos ao longo de nossas vidas” (REAL, 2008). Esta frase provoca uma reflexão sobre a importância da nossa AÇÃO sobre o mundo e as relações que estabelecemos nos diferentes ambientes onde vivemos. Somos “seres ativos em nosso universo de convivência” (REAL, 2008). Portanto, somos responsáveis pela nossa qualidade de vida. “Maturana e Varela mostram que o mundo não é pré-dado, e que o construímos ao longo de nossa interação” (REAL, 2008). Nesta perspectiva, o texto nos mostra como é importante nossa atitude diária, principalmente pela responsabilidade que temos na construção deste mundo que nos cerca. Acredito que nossa responsabilidade como educadores seja ainda maior por que contribuímos na formação de outros seres, que dependendo de sua história de vida, tem como referência apenas a escola. As emoções ocupam lugar de destaque no “cotidiano das relações entre educadores e educados”, pois as emoções podem facilitar ou dificultar o processo de aprendizagem. E neste caso, a afetividade aparece como um dos fatores decisivos na aprendizagem. Será que gostar ou não do seu professor pode facilitar ou dificultar a aprendizagem desta criança ou jovem na escola?

Tuesday, August 26, 2008

Prêmio Educador Nota 10




No jornal correio do povo de domingo, dia 24 de agosto, achei interessante a reportagem sobre o Prêmio Educador Nota 10, no qual uma gaúcha foi uma das 10 educadoras destacadas. O projeto escolhido foi o da professora Débora Lisiane Carneiro Tura, de Língua Inglesa, autora do Projeto “Blog: Aprendendo Inglês na Internet”, que relata sua caminhada junto com seus alunos. Este projeto foi realizado em três etapas, sendo que a primeira foi à construção do Blog coletivo para que o grupo conhecesse o ambiente, com trabalhos em sala de aula, textos, conversação e troca de mensagens, depois foram criados os blogs individuais, com enfoque na questão da linguagem e a última fase envolveu pesquisa e levantamento de dados na cidade. O mais interessante é que nós professores sempre estamos envolvidos em projetos, algumas colegas do PEAD já construíram BLOG para suas escolas, são iniciativas como esta que demonstram que é possível implementar estes projetos e divulgá-los para outras comunidades. Acredito que em alguns momentos falta um pouco de disciplina da nossa parte em colocar nossas idéias no papel. Esta professora dedicou seu “tempo” para registrar a implementação do seu projeto e valeu à pena, não só pelo prêmio, mas pela motivação que certamente esta reportagem irá provocar em muitos professores.

Friday, August 15, 2008

TEMPO


Como é difícil administrar nosso tempo. Minha tabela do tempo demonstra aquilo que minha família já está reclamando há tempos... Não dedico muito tempo para eles. Já para escola dedico mais de 40 horas semanais. Tenho procurado curtir mais minha família como relatei no portifólio de aprendizagens, mas a carga de trabalho da escola sufoca minhas mais sinceras intenções. Para o curso dedico mais de 20 horas, pois posso estudar e interagir com as colegas em horários de intervalo na escola. Construir a tabela não foi difícil, mas fazer esta postagem está sendo muito complicado. Não vejo muitas alternativas, estou cansada e recém estamos recomeçando. Estou descontente com o momento em que vivemos na escola pública e continuo depositando minhas esperanças neste curso. Aqui posso discutir e expressar minhas idéias. Mas na escola tudo é muito complicado, tenho que pensar muitooooooo antes de falar, qualquer palavra pode desencadear inúmeras interpretações. Realmente não é fácil relacionar-se dentro do ambiente escolar. Mas voltando ao tempo... Estou consciente de que preciso priorizar minha família e meus estudos no PEAD. Esta perfeita sintonia entre família, estudos e trabalho precisa acontecer e sou responsável por esta administração. Sei e assumo minhas responsabilidades, acredito que seja possível com a utilização da tabela gerenciar melhor este tempo.

Monday, July 14, 2008

Visita Iberê Camargo


Participei com os alunos e alunas da 6ª série da visita a nova sede da Fundação Iberê Camargo. A arquitetura do prédio é fantástica, localizada em um local privilegiado, as margens do Guaíba, com uma vista panorâmica de tirar o fôlego. Fomos à tarde e ainda assistimos a um belo pôr do sol. A fundação possui atualmente uma programação que privilegia professores e estudantes, com capacitação para os educadores e uma série de atividades para os alunos, incluindo visitas mediadas com atividades práticas e de ateliê.
As mediadoras procuram instigar a curiosidade e a investigação do público jovem em relação à arte. A Fundação oferece transporte gratuito aos alunos das escolas, é só agendar pelo telefone (51) 3247.8013, de segunda a sexta, das 10 às 19h, pelo
formulário disponível no site ou pelo e-mail educativo@iberecamargo.org.br.

Friday, June 27, 2008

Ensinar e Aprender


"Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que, historicamente, mulheres e homens descobriram que era possível ensinar. Foi assim, socialmente aprendendo, que ao longo dos tempos mulheres e homens perceberam que era possível – depois, preciso – trabalhar maneiras, caminhos, métodos de ensinar. Aprender precedeu ensinar ou, em outras palavras ensinar se diluía na experiência realmente fundante de aprender. Não temo dizer que inexiste validade no ensino de que não resulta um aprendizado em que o aprendiz não se tornou capaz de recriar ou de refazer o ensinado, em que o ensinado que não foi aprendido não pode ser realmente aprendido do aprendiz" (FREIRE, 1998. p. 26).
Apesar de muitas incertezas posso garantir que se tivesse que pintar um quadro, colocando na tela todas as emoções e aprendizagens construídas durante este semestre não conseguiria fazê-lo. Principalmente, com relação ao Plano Individual construído no Seminário Integrador, esta construção foi um grande desafio. Primeiro, por ser um trabalho que exigiu dedicação e persistência de toda a equipe diretiva. Além de necessitar, para sua conclusão, de um período mais longo para preparação das atividades e estudos. As reflexões e transformações iniciadas com este Planejamento abriram um espaço para trocas entre o grupo que certamente irá possibilitar no futuro algumas mudanças na prática educativa de toda a escola. O maior desafio do PI foi envolver todos os professores e professoras nesse processo. Apesar de todos concordarem com a importância das reuniões pedagógicas para o fortalecimento da prática docente, muitos ainda resistem ou se omitem desta construção. Porém, apesar das adversidades foi uma experiência produtiva a medida que reacendeu a chama da “curiosidade”... As perguntas e colocações de todos nas reuniões demonstraram que precisamos interagir e socializar nossas experiências. Na prática os planos de estudos foram refeitos, mas os colegas sentiram a necessidade de estabelecer habilidades necessárias para que cada aluno (a) possa ao final de cada ano ser promovido para série seguinte. No Regimento Escolar ficou definido que neste ano continuamos com a realização do Provão, após o encerramento das avaliações e recuperações descritas no regimento. Devendo ser realizado ainda em dezembro e que a partir de 2009, nossa escola não fará mais esta avaliação por entendermos que não foram atingidos os objetivos pretendidos quando de sua inclusão no nosso Regimento. Esta decisão será aprovada por Assembléia pelos diferentes segmentos da escola. Além disso, para o próximo ano os pesos dos trimestres serão alterados, sendo: 1º TRI = 20, 2º TRI = 30 e 3º TRI = 50. A nota mínima para aprovação deverá continuar sendo 50 pontos somando-se os três trimestres. Dentro de cada trimestre o professor deverá realizar, no mínimo, quatro instrumentos de avaliação, sendo que um deles deve ser obrigatoriamente um teste individual sem consulta. Além disso, ficou definido que a partir do próximo Conselho de Classe Participativo, os professores terão um momento para conversar sobre suas avaliações e sobre as aprendizagens de cada aluno (a). Na opinião de alguns colegas é necessário ter uma unidade com relação a avaliação, pois é complicado para as crianças e jovens compreenderem a atual forma de avaliar, pois cada professor(a) utiliza critérios diferentes.


Referências

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 8ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1998.

Friday, June 20, 2008

Plano Individual de Estudos

Na Reunião pedagógica do dia dezoito de junho de 2008, os professores e professoras foram divididos em grupos de quatro componentes. Cada grupo recebeu um texto sobre avaliação, após as discussões nos grupos o professor (a) escolhido para relator apresentou as principais conclusões com relação às questões apresentadas.
Logo após os relatos e discussões entre os grupos foi sugerido para o grande grupo que levantassem três pontos positivos na forma de avaliar, são eles:
quando a avaliação serve como um diagnóstico para o aluno sendo importante sempre trazer para os estudantes o resultado dos instrumentos utilizados na avaliação;
quando a avaliação auxilia no diagnóstico e planejamento do professor;
reforço da auto estima dos alunos que atingem os objetivos;
um instrumento de levantamento de dados estatísticos para retomar os conteúdos não compreendidos durante o trimestre para auxiliar na recuperação.
Foi solicitado que esse debate tenha continuidade, especialmente com relação à forma que cada um avalia e quais os critérios de cada professor para avaliar; foi solicitado um espaço de maior debate para que a avaliação da escola seja mais homogênea.
A próxima reunião ficou agendada para o dia24 de junho.

Saturday, June 14, 2008

Bem-te-vi ou Urubu?


Achei que esta imagem traduz com perfeição nossas leituras na disciplina Seminário Integrador IV, pois aqueles raios de sol transmitem toda energia que precisamos para seguir em frente, apesar das adversidades. Através dos exemplos e situações descritas é possível acreditar na mudança e na (des)acomodação.
Com relação à grade de conteúdos (MAGDALENA;COSTA, 2003), acredito que os Planos de Estudos construídos a partir das dúvidas dos alunos e alunas seriam mais ricos. Melhor ainda se estes conteúdos determinassem o ponto de partida para os Projetos de Aprendizagem. Mas como esta mudança ocorreria na prática? Com esta amplitude de possibilidades e conceitos como os professores e professoras se organizariam para suas aulas? Atualmente nas escolas públicas estaduais estamos divididos em docentes do CAT (Currículo por Atividades) e docentes por Área de Conhecimento, a partir da 5ª série temos um horário a seguir com as disciplinas separadas conforme o Desenho Curricular de cada escola. Nas séries iniciais como o professor (a) é unidocente podemos planejar nossas aulas com maior liberdade dentro do mínimo estabelecido nos Planos de Estudos, mas a partir da 5ª série, como faríamos?
É importante refletir sobre como mudar a realidade das escolas, seus índices de reprovação e evasão, mas é preciso entender que esta mudança só ocorrerá dentro do ambiente escolar com a mobilização dos educadores. A seguir, transcrevo um trecho do livro de Rubem Alves escrito na década de 80, que colabora com nossas discussões:
“... para educar bem-te-vi é preciso gostar de bem-te-vi, respeitar o seu gosto, não ter projeto de transformá-lo em urubu. Um bem-te-vi será sempre um urubu de segunda categoria. Talvez, para se repensar a educação e o futuro da Ciência, devêssemos começar não dos currículos-cardápios, mas do desejo do corpo que se oferece à educação” (ALVES,1984, p.12).

Referências

ALVES, Rubem Azevedo. Estórias de quem gosta de ensinar. 4ª edição, São Paulo, Cortez: Autores Associados, 1984.

Friday, June 06, 2008

Projeto MULTIFEIRA

Amazônia Pulmão do Mundo
Casa Ecológica


Tradição Gaúcha
Olha eu aí gente!!!

É com imenso prazer que publico os primeiros resultados do projeto MULTIFEIRA. Selecionei algumas fotos para vocês de trabalhos interessantes na área de estudos sociais e ciências. Entre eles, sou brasileiro, uma peça de teatro com o 3º ano do Ensino Médio, sobre o sentimento de ser brasileiro! Outro trabalho muito interessante foi sobre as tradições gaúchas, os alunos e alunas construíram um DTG. Em ciências, temos: A casa ecológica e Amazônia Pulmão do Mundo. E por falar em Ciências... como foi proveitoso o encontro de quarta (4/06), comentei com minhas colegas que depois da aula me senti muito bem. Afinal, nós rimos muito de nossas produções cinematográficas, os desenhos produzidos pelos grupos a partir das músicas selecionadas pelos professores foram interessantes e proporcionaram uma troca entre todos. Comentamos também sobre os textos lidos, entre eles, o artigo escrito pelo Rabino Nilton Bonder “Os domingos precisam de feriados”, que fala sobre nossa necessidade de parar e realmente descansar no 7º dia (postagem feta em 30/05). Aproveitar nossos domingos e tempo livre com nossa família e amigos.

Friday, May 30, 2008

Domingos e Feriados...


Os textos sugeridos para leitura na disciplina de ciências naturais abordam questões práticas do nosso cotidiano e tornam-se referencial para o debate de inúmeras questões do ambiente familiar e escolar. “Os domingos precisam de feriados” escrito pelo Rabino Nilton Bonder, é um exemplo de como provocar uma reflexão com relação a nossa existência nesse planeta. Os fatos descritos pelo autor fazem referência a uma humanidade em “crise”... Quais nossos valores? Como estamos vivendo? Atualmente as pessoas evitam reunir-se para conversar, evitam esses momentos de “pausa” e reflexão. Nesta semana, conversando com os pais, alunos e professores durante os Conselhos de Classe Participativos da escola, pude perceber o quanto este texto colabora com nossa percepção de que nossas crianças e jovens precisam de maior atenção por parte de suas famílias. Enquanto reclamamos que nossos alunos e alunas não fazem as tarefas em casa e não têm o hábito da leitura, o que estamos fazendo de concreto para modificar esta estatística? Quantos de nós ao chegar em casa, vai direto para frente do computador ou resolve colocar em dia suas tarefas de casa, sem dar atenção para nossos filhos e marido ou esposa? Quem desliga a TV ao menos três vezes por semana e conversa com seus parentes ou amigos ou dedica este tempo para leitura de um livro, revista ou jornal? É incrível perceber o quanto estas perguntas nos incomodam ou desacomodam. Ao debater com os pais, colegas e alunos presentes percebi o quanto nossas vidas são semelhantes. O que fazemos todos os dias? E no final de semana? Sempre correndo de um lado para o outro, muitos de nós cumpre uma carga horária de 60 horas. Somos visita em casa. A frase: “As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o domingo de um feriado“. – reflete de forma clara e coerente nossa agitação interna e nosso tumultuado universo social. Nossos jovens moram neste lugar privilegiado pela natureza – Itapuã – e não param para admirar suas belezas. Nós, professores muitas vezes dirigimos até Itapuã e não admiramos a natureza. O nascer do sol, as preás que atravessam a estrada assustadas com seus filhos correndo em fila, os bugios que às vezes se arriscam na beira da estrada, o entardecer e o pôr do sol na beira da praia. Tudo isso é vida! E ficamos muitas vezes mal humorados na escola, falando sobre problemas, resolvendo problemas ou ainda criando mais problemas. Este texto caiu como uma luva na minha consciência. Nesta semana comecei a encarar meus dias de descanso como dias de descanso, sem cobranças, sem preocupações, com o celular desligado e curtindo a minha família.

Tuesday, May 27, 2008

Aprendizagem

De acordo com nossas discussões na escola com relação à aprendizagem, e com as leituras realizadas no módulo IV, do Programa de Capacitação para gestores Escolares (PROGESTÃO), que a questão central a ser debatida em nossas reuniões pedagógicas é: Como promover o sucesso da aprendizagem do aluno e sua permanência na escola?
Neste módulo foram discutidos os dez princípios da aprendizagem, que podem ser considerados centrais no processo de ensino e aprendizagem, são elas:
1) A história particular do aluno deve ser considerada no processo de ensino.
Nossos alunos são pessoas muito diferentes, suas histórias de vida são únicas e expressam sua maneira de ser e viver. Precisamos estar atentos a estas necessidades para elaboração do nosso Plano de Aula.
2) O autoconceito do aluno influi em sua capacidade de aprender. O autoconceito (imagem que o aluno tem de si mesmo) está diretamente ligado à motivação para a aprendizagem.
3) A aprendizagem deve ser significativa, isto é, ser relevante para a vida do aluno e articular-se com seus conhecimentos prévios.
4) Aprender motiva mais quando o aluno já tem alguma idéia do que está sendo ensinado e foi informado sobre como novos conhecimentos podem fazer sentido em sua vida.
5) Elogios são uma arma poderosa para promover a aprendizagem dos alunos.
6) A aprendizagem vivenciada é duradoura.
7) As aprendizagens precisam se repetir para serem dominadas, mas a repetição deve ser de forma interessante.
8) A aprendizagem é mais sólida quando se conhecem os erros cometidos.
9) Diferentes abordagens podem ser empregadas no desenvolvimento dos conteúdos, de maneira a atender à forma como o aluno aprende.
10) “Aprender a aprender” é fundamental para que o aluno conquiste autonomia para continuar aprendendo.

Friday, May 16, 2008

Plano Individual


CONSULTORIA PARA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

PRÉ-REQUISITO PARA A IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

A implantação do programa demanda uma profunda mudança cultural, que exige liderança e persistência por parte da Direção da Escola, bem como grande habilidade para promover o envolvimento de toda a Comunidade Escolar, através de uma gestão participativa, para se atingir os resultados.
Para que esta metodologia de gestão seja gradativamente implementada na Escola, é imprescindível criar uma Comissão Representativa da Escola, capaz de mobilizar e envolver todos os componentes da Comunidade Escolar.

Etapas para Implantação do Programa

1ª ETAPA: Comissão Representativa da Escola

Direção
Educadores
CPM
Conselho Escolar
Equipe Diretiva
Pais
Educandos
Funcionários

2ª ETAPA: Definir missão, visão e valores

MISSÃO: É a razão de existir da instituição no seu negócio – A EDUCAÇÃO

VISÃO: Guia o caminho para o futuro, fonte inspiradora, apoio para a tomada de decisões.

VALORES: São balizamentos para o comportamento da Escola no cumprimento de sua missão.

Normas, regras, princípios, crenças, política, filosofia e etc.


3ª ETAPA: Diagnóstico

Observação

Pesquisa

Questionário

Entrevista


Um bom diagnóstico inicial permitirá discernir as etapas e providências necessárias para atingir a meta desejada pela Escola.


Thursday, May 01, 2008

Museu Afro Brasil

É enriquecedor quando podemos discutir nossas dúvidas e socializar nossas experiências. Estou adorando participar dos Fóruns! Como escreveu a professora Maria Aparecida Bergamaschi (Cida) o Fórum de Estudos Sociais está "bombando". As atividades são muitas, mas vale a pena visitar o Enfoque Temático IV: Lugares de memória como laboratórios de aprendizagens em Estudos Sociais, achei interessante e musical a visita ao site do Museu Afro Brasil, no endereço: http://www.museuafrobrasil.com.br/animacao.htm. Nele estão contemplados os tempos e espaços diferentes e distantes deste povo. É uma forma de recuperar a memória da população africana deste País. Além disso, o site é educativo, pois nos faz (visitantes) reconhecer, entender e respeitar a população negra africana. Realmente é uma tentativa ousada de reescrever a nossa memória e a nossa história. E esta atividade está diretamente relacionada à elaboração da nossa Linha do tempo. (Aliás, ontem consegui postar a minha, após algumas tentativas frustrantes...) A descoberta destes endereços de museus foi muito gratificante, pois ontem mesmo estava conversando com o professor de história da escola a importância para o aluno observar, conhecer e compreender um pouco da nossa história através de uma visita ao Museu. Assim como os índios (projetos e aulas comentados no Fórum) a história e cultura africana fazem parte da nossa vida. Temos o Dia da Consciência Negra em novembro e muitas vezes não sabemos as atividades mais adequadas para trabalhar com nossos alunos e alunas estas questões e trazê-los para o debate.

Sunday, April 27, 2008

"O pianista"

Na sexta-feira, dia 25 de abril, no turno da noite, um colega da escola apresentou para seus alunos e alunas da EJA (Educação de Jovens e Adultos) um filme dirigido por Roman Polanski, "O Pianista", adaptado do livro autobiográfico de Wladyslaw Szpilman. Conversamos após o recreio e ele disse que tinha sido muito boa sua aula e que todos acharam o filme excelente. Como eu ainda não havia assistido, meu colega fez questão que trouxesse para casa. Ontem resolvi assistir com meu marido e meu Deus, fiquei perplexa com tanta dor e sofrimento. Já tinha assistido outros filmes como " A vida é bela" em que chorei muito, mas este não faz aflorar este tipo de sentimento, ele evoca a dor...
Ao assistir ao filme pensei no vídeo BALANCE, do módulo 2 de Ciências e de como é interessante a relação entre as manifestações de crueldade nazista com as ações dos habitantes daquele Universo depois que o egoísmo destruiu seu grupo. Os habitantes agiam em cooperação e interação, todos ocupavam o mesmo espaço, sem divisões, quando necessário para o grupo os indivíduos trocavam seus lugares naturalmente. A harmonia e equilíbrio do grupo foram quebradas quando o primeiro indivíduo sentiu a necessidade de TER mais espaço do que os outros e também ficar com a caixa. Esta atitude egoísta, infelizmente tornou-se uma prática atual em nossa sociedade, o sentimento de TER e possuir pessoas e objetos. Esta atitude é contrária ao sentimento de SER, SER uma pessoa melhor, ser amiga, confiável e solidária. Nos habitantes do filme esta atitude desencadeou um conflito que resultou na total destruição daqueles seres.
E o filme "O pianista" nos mostra isso, a eliminação de milhares de pessoas durante a II Guerra Mundial. O filme apresenta três fortes constatações: a opressão sufocante da sucessão de leis anti-semitas, que os judeus da época queriam acreditar, a cada novo decreto, que aquele seria o último. O medo, frente ao nazismo, presença estranha e desumana, que ameaçava pessoas e famílias inteiras. Enfim, o inexplicável dos crimes imprevisíveis e frios, que não deixam margem para esperanças. Polanski consegue fazer esta reconstituição com rara autenticidade. No filme "O Pianista", não se chora, mas um sentimento de revolta e de raiva nos invade.
O ser humano mata por prazer e destrói sem piedade o ambiente em que vive. Estas atitudes demonstram a falta de um sentimento de pertencimento a um grupo, seja ele de seres humanos, animais ou da própria natureza. Muitas pessoas praticam ações isoladas, justificando tal atitude como inevitável e necessária.
Na escola E.E.M.Dr. Genésio Pires temos um projeto com relação a educação ambiental, atualmente trabalhamos todas estas questões com nossos alunos e alunas, eles fazem saídas de campo e observações. Além disso, em nosso desenho curricular de 5ª a 8ª série temos a disciplina de Gestão Ambiental, são 2 períodos por semana e em cada série os estudantes são envolvidos em atividades dentro do pátio da escola, como: horta escolar, jardim, limpeza do pátio, salas de aula e corredores. No ano passado (2007) fizemos o plantio de árvores doadas pela Secretaria do Meio Ambiente de Porto Alegre. Buscamos parcerias com empresas da região para dar continuidade aos nossos projetos. As ações individuais positivas precisam ser valorizadas e nas escolas podemos transformar, através da educação, as distorções que existem com relação a preservação do ambiente e dos seres vivos.

Monday, April 14, 2008

Paulo Freire

O texto a seguir foi escrito a partir da leitura do livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire e alguns trechos do DVD sobre Paulo Freire (Coleção Grandes Educadores – Atta Mídia e Educação), apresentado por Moacir Gadotti e Ângela Antunes:
Paulo Freire nos apresenta uma Teoria do Conhecimento, baseada numa antropologia, foi inventada/construída a partir de uma visão de mundo e de uma visão de ser humano.
Paulo Freire elaborou três momentos para trabalhar sua teoria:
1º) Investigação temática:
Descobrir na criança, no jovem ou adulto aquilo que ele já sabe.
2º) Momento de tematização:
Significado destas palavras e temas geradores. Esta tarefa precisa ser interativa entre educador e educando.
3º) Problematização:
Descobrir o significado daquele conhecimento para minha vida e para vida de todos. Conscientização ou Problematização – esta etapa leva ao engajamento ao compromisso. Conforme Gadotti, ao longo de sua vida Paulo Freire utilizou outros termos em suas obras e com a leitura de toda sua obra o Instituto Paulo Freire apresenta desta forma os três momentos descritos por ele:
1º Leitura de Mundo:
Serve para me aproximar do mundo e retirar deste mundo lido os elementos que servem para minha vida e a vida dos outros. Antes de conhecer eu sou curioso, o interesse precede o conhecimento, esse pensamento é orientado pela curiosidade epistemológica descrita por Habermas (interesse precede o conhecimento). Por que o ser humano aprende? Aprende por curiosidade... o ser humano é um ser curioso. Paulo Freire partia das necessidades populares, a partir daí eu construo o conhecimento.
2º Compartilhar o mundo lido:
Não há conhecimento válido se não for compartilhado com o outro. Exige-se o diálogo. A validade do meu conhecimento é dado socialmente, quando compartilho e construo o conhecimento com os outros.
3º Reconstrução do mundo lido:
Se eu leio o mundo, compartilho o mundo lido então agora juntos vamos reconstruir o mundo.
Para Paulo Freire (1998), a essência do neoliberalismo é fazer com que a gente deixe de sonhar. Freire tinha um compromisso com a ética e uma utopia por um mundo possível. Tinha uma crença de que é possível mudar o mundo.
“Educadores e educandos não podemos, na verdade, escapar à rigorosidade ética” (1998,p.16).
A escola, segundo Freire, ensina para e com a cidadania. Acredita no cidadão pleno e na Escola autônoma.
Nesta palestra Gadotti explica que sempre procurou a melhor definição para Educação, anotou inúmeras durante sua docência, “e a melhor definição é do Paulo”:
“Educar-se é impregnar (encharcar) de sentido cada ato cotidiano”.
Nesta concepção como Freire via o conhecimento:
1º) Nós só aprendemos quando aquilo que aprendemos tem significado para nós. O ser humano aprende ao longo de toda vida, somos seres inacabados e por isso aprendemos sempre. Nessa perspectiva não há tempo próprio para aprender; Como é que o ser humano aprende? O ser humano aprende por sucessivas aproximações do objeto. Ele continua sempre como ser aprendente, por que o objeto está sempre revelando coisas novas.
2º) Aprender não é só acumular conhecimentos, pois as informações envelhecem rapidamente;
3º)O importante neste processo é aprender a pensar e pensar sobre a realidade;
4º) É sempre possível aprender, mas é um sujeito que aprende, não é um coletivo que aprende. Nós aprendemos em contato com o outro. A teoria de Freire é a teoria do respeito ao outro. É importante respeitar a identidade do outro. O conhecimento é dialógico (não é só histórico, epistemológico e lógico). A dialética é revolucionária e questionadora. A contradição se dá quando existe diálogo. Sua teoria é a teoria do diálogo e do respeito ao outro.
O aprendiz é um sujeito e tem que ser respeitado na sua própria identidade. É preciso que o sujeito aprendiz tenha uma identidade.
5º) Só aprendemos quando aquilo que aprendemos faz parte da nossa própria vida, pois educar é impregnar de sentido a nossa vida. O educando precisa descobrir o sentido daquele conhecimento para sua vida.
O educador nesta teoria é o profissional que orienta que constrói sentido, um animador e um organizador da aprendizagem. Para Freire (1998) o aluno precisa ter autonomia intelectual e para isso é necessário que consiga andar com as próprias pernas. O aluno como protagonista. Quem constrói o conhecimento é o educando não é o educador. O educador incentiva coordena, ajuda e testemunha sobre a importância do conhecimento. Possuía uma visão emancipadora do conhecimento.
Gadotti encerra sua palestra dizendo que o sistema educacional é arcaico, burocrático e hierarquizado. Não incita as pessoas para o aprendizado. Em sua opinião “a escola deveria ser uma coisa prazerosa”.
Este texto será utilizado na Reunião Pedagógica dos professores da E.E.E.M. Dr. Genésio Pires para complementar os estudos já iniciados neste mês (abril) com relação ao PPP (Projeto Político Pedagógico) proposto no Plano Individual.

Saturday, April 05, 2008

Ciências


Estou adorando as disciplinas deste semestre, em especial ciências, nosso primeiro encontro foi muito produtivo e divertido. Participei do Grupo Um, não cantamos Planeta Água, mas mesmo assim conversamos e visualizamos nossas produções. Foi muito divertido ver nossos trabalhos projetados no quadro. Nessa primeira atividade desenhamos alguns objetos, seres e sentimentos que vivenciamos ou conhecemos em algum momento de nossas vidas. Percebemos ao analisar essas produções que muitos de nós atribuímos imagens semelhantes para muitos conceitos. No entanto, os desenhos relacionados às palavras: Luz, força, raiva, água, ácido, saudade, micróbio, céu e energia, apresentaram representações diferentes. São palavras que refletem nossos sentimentos e nossas vivências. Estão impregnadas de lembranças... A palavra céu, por exemplo, foi representada através de nuvens, ou lua e estrelas, ou sol e nuvens, ou somente sol, ou somente estrelas. Evidenciam até mesmo nosso “estado de espírito” naquele dia. O ácido e a água apesar de representarem substâncias que existem e que são conhecidas por todos, também evocaram diferentes associações de nossa memória. A água foi representada por cachoeiras, rios e chuva. O ácido por frutas ácidas, ácidos em vidrarias de laboratório... Estas diferentes representações demonstram nossas diferentes percepções sobre determinado conceito, quando este está relacionado à abstração. Com esta atividade lembrei do autor Pedro Demo, autor do livro Educar pela Pesquisa, utilizado inúmeras vezes, inclusive para redigir o Projeto MULTIFEIRA, que acontece todos os anos na escola onde leciono. Este livro faz uma conexão entre pesquisa e educação, argumentando que a educação própria da escola é aquela mediada pela reconstrução do conhecimento. Assim permite ao leitor compreender a importância do saber pensar e do aprender a aprender. Ao ler este livro percebi o quanto é válido e produtivo realizar atividades como esta (que realizamos no Pólo) para compreender e conhecer um pouco da vivência e experiências de nossos alunos e a partir deste conhecimento planejar nossas estratégias para que realmente ocorra aprendizagem em nossas aulas de ciências. Fazer ciências é experimentar, ousar, pesquisar e criar. Nada de conceitos prontos e definitivos. Quando estou com meus alunos (atualmente estou no setor) procuro enfatizar que a ciência está em permanente construção e reconstrução... Ciência é movimento... é VIDA!!!
Até a próxima! Rosária

Friday, March 28, 2008

Análise do Portfólio Final e Análise Comparativa

Esta foto é da Banda da E.E.E. M. Dr. Genésio Pires que representa a concretização de um sonho em 2007.


“Há gente que não começa alegando precisar de tempo. Andam a procura não do tempo perdido, mas do tempo que não lhe dão. Falta tempo ou falta paixão” (MARQUES, 2000, p. 15)?
Acredito que os relatos e atividades selecionadas revelam momentos intensos de pesquisa, leitura, releitura, escrita e reescrita. Relendo meu portifólio percebi que minhas principais vivências, dificuldades e aprendizagens foram contempladas. As disciplinas deste semestre (2/2007) exigiram mais sensibilidade e subjetividade desta aluna aprendiz.
Quanto às apresentações do meu grupo, coordenado pela professora Beatriz Magdalena, foram muito semelhantes. As colegas trouxeram materiais referentes às suas práticas de sala de aula com seus alunos. Muitas apresentaram trabalhos da disciplina de teatro, inclusive na minha apresentação mostrei fotos do nosso espetáculo que teve como título: "Choco encontra uma mamãe"! Expliquei que esta atividade envolveu toda Comunidade Escolar e foi elaborada a partir das experiências e leituras realizadas na disciplina de teatro e educação, sendo escolhida pelo seu significado para todos os envolvidos no processo. Na escola observamos que esta atividade proporcionou maior contato entre os professores e uma maior aproximação entre alunos e professores. E a partir desta experiência foram realizadas algumas atividades na escola envolvendo professores de diferentes áreas.
Lembro que uma colega trouxe alguns trabalhos de seus alunos em artes e apresentou sua atividade através do retroprojetor. É possível perceber através das atividades selecionadas, um grande entusiasmo das colegas em trazer para o grupo suas percepções e vivências do cotidiano, transformadas através de suas aprendizagens no curso. Esta perfeita sintonia entre teoria e prática é que nos permite uma imediata transformação na nossa prática pedagógica, esse diferencial proporciona um maior interesse e empenho do grupo em participar e realizar todas as atividades. Esta idéia ficou muito clara no dia das nossas apresentações, pelo entusiasmo e alegria de todos ao concluir nossos relatos. Neste curso de pedagogia, mesmo a distância, percebemos a presença das professoras e colegas e a todo o momento somos motivados a aplicar a teoria aprendida na nossa prática na sala de aula. Este semestre como já havia escrito, foi muito importante por todas as dificuldades enfrentadas tanto com o curso, quanto com o cargo que atualmente exerço.
Penso que as diferenças estão em nossas trajetórias, somos pessoas diferentes, com diferentes concepções e aprendizagens, nossas histórias de vida podem em algum momento serem parecidas, mas nunca iguais. Acredito que nossos conceitos do que é “ser professor” também diferem de acordo com nossos paradigmas, mesmo assim, é possível registrar que nosso grupo apresenta grande “motivação” e vontade de “fazer diferente”, este é o caminho em busca de uma possível “fórmula” de como ensinar nossos alunos a “aprender a aprender”.
Quanto à forma de apresentação do meu portifólio, acredito que naquele momento, aquelas atividades e experiências sintetizam minhas dificuldades e aprendizagens durante o semestre, neste documento o mais difícil foi sintetizar e privilegiar apenas algumas atividades e aprendizagens. Para qualificar meu portifólio deste ano pretendo utilizar mais a fotografia e documentar as atividades realizadas aqui na escola.




Wednesday, March 12, 2008

O Recomeço...

Recomeçar é sempre uma tarefa difícil...

Retornei das minhas maravilhosas férias na praia, no final de janeiro, como estou na direção tenho somente um mês de férias. No início foi muito difícil, queria ficar em casa com minha família ou voltar para praia. Tantos problemas na escola para resolver... Falta de vagas, pinturas e reformas, matrículas... Papéis e mais papéis... A impressão que tenho é que só no final de março conseguirei colocar tudo em ordem.
O melhor de nossa profissão é retornar e rever os amigos... Os alunos e nossa comunidade. Sentir-se acolhido!!!
Mas, mesmo assim, é difícil recomeçar...

Sunday, January 13, 2008

Férias

Finalmente este momento de total preguiça!!!
Estamos de Férias parece um sonho...
Estou feliz com os resultados obtidos até agora, o curso está sendo muito importante neste período, tenho passado por algumas dificuldades... Mas vamos falar de alegrias... mar, sol, família reunida e muita confusão é claro! Mas fazer o quê? Família faz parte!!!
Um abraço a todos e muito obrigada por compartilharem desta importante caminhada.
Rosária