Saturday, April 05, 2008

Ciências


Estou adorando as disciplinas deste semestre, em especial ciências, nosso primeiro encontro foi muito produtivo e divertido. Participei do Grupo Um, não cantamos Planeta Água, mas mesmo assim conversamos e visualizamos nossas produções. Foi muito divertido ver nossos trabalhos projetados no quadro. Nessa primeira atividade desenhamos alguns objetos, seres e sentimentos que vivenciamos ou conhecemos em algum momento de nossas vidas. Percebemos ao analisar essas produções que muitos de nós atribuímos imagens semelhantes para muitos conceitos. No entanto, os desenhos relacionados às palavras: Luz, força, raiva, água, ácido, saudade, micróbio, céu e energia, apresentaram representações diferentes. São palavras que refletem nossos sentimentos e nossas vivências. Estão impregnadas de lembranças... A palavra céu, por exemplo, foi representada através de nuvens, ou lua e estrelas, ou sol e nuvens, ou somente sol, ou somente estrelas. Evidenciam até mesmo nosso “estado de espírito” naquele dia. O ácido e a água apesar de representarem substâncias que existem e que são conhecidas por todos, também evocaram diferentes associações de nossa memória. A água foi representada por cachoeiras, rios e chuva. O ácido por frutas ácidas, ácidos em vidrarias de laboratório... Estas diferentes representações demonstram nossas diferentes percepções sobre determinado conceito, quando este está relacionado à abstração. Com esta atividade lembrei do autor Pedro Demo, autor do livro Educar pela Pesquisa, utilizado inúmeras vezes, inclusive para redigir o Projeto MULTIFEIRA, que acontece todos os anos na escola onde leciono. Este livro faz uma conexão entre pesquisa e educação, argumentando que a educação própria da escola é aquela mediada pela reconstrução do conhecimento. Assim permite ao leitor compreender a importância do saber pensar e do aprender a aprender. Ao ler este livro percebi o quanto é válido e produtivo realizar atividades como esta (que realizamos no Pólo) para compreender e conhecer um pouco da vivência e experiências de nossos alunos e a partir deste conhecimento planejar nossas estratégias para que realmente ocorra aprendizagem em nossas aulas de ciências. Fazer ciências é experimentar, ousar, pesquisar e criar. Nada de conceitos prontos e definitivos. Quando estou com meus alunos (atualmente estou no setor) procuro enfatizar que a ciência está em permanente construção e reconstrução... Ciência é movimento... é VIDA!!!
Até a próxima! Rosária

2 comments:

mauranunes.com said...

Realmente, Rosária, há representações que remetem ao subjetivo e, bem lembrado, Rosária, podem refletir também nosso estado de espírito - um pouco do experenciado... um pouco da experiência presente...
Parece que pegaste o espírito da coisa, e que teu trabalho sempre esteve por este caminho, fazer ciência, construir, desconstruir! Siga em frente!
Bjo, com carinho!

ROSAURA KARST said...

Oi
Rosária

É muito bom ler as tuas postagens, pois sempre tem reflexões interessantes.
Que bom saber que todas as terdisciplina você pode relacionar com sua vida e com sua prática.
Lendo as postagens eu me reportei para o livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire onde ele coloca que ensinar exige curiosidade.
Beijos