Friday, December 29, 2006

ECS 11

Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Pedagogia Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Escola, Cultura e Sociedade
Grupo letra H
Componentes do grupo: Denise, Elizabeth, Kátia, Ledi, Rosária e Selva.ECS 11
Os pilares do sistema de redes
A fragmentação do sistema educativo brasileiro é alimentada por três fenômenos maiores: a privatização neoliberal, a descentralização e o pacto das elites.
a) A privatização neoliberal
Os anos 90 foram marcados, no Brasil, por um clima de perplexidade e de aflição geral no que diz respeito à educação. Os governos Collor e Cardoso, de orientação neoliberal, caracterizaram-se por uma política educativa incoerente, combinando um "discurso sobre a importância da educação" e um "descompromisso do Estado" no setor, com um papel crescente da iniciativa privada e das organizações não-governamentais (ONGs) (Saviani, 1996).Assim, a tese central do neoliberalismo é de que o setor público (o Estado) é responsável pela crise, pelos privilégios e pela ineficiência. O mercado e o setor privado são sinônimos de eficiência, de qualidade e de eqüidade. O Estado deve ser reduzido a uma proporção mínima, apenas necessária para a reprodução do capital. Para educação as pessoas receberiam tíquetes e escolheriam a escola mais adequada para educação de seus filhos (as).O desmantelamento da educação pública e o desenvolvimento do ensino particular tornam-se, assim, ferramentas preponderantes. Como, por outro lado, o domínio do capital econômico é quase definitivamente garantido para certos grupos hegemônicos, o jogo torna-se então principalmente escolar, mais especificamente para os membros das classes médias altas. Encontrar uma vaga na rede escolar particular é a única possibilidade para esperar conseguir uma mobilidade social.
b) A descentralização
A progressiva descentralização do ensino fundamental possibilitada pelo retorno à democracia, em 1985, não foi acompanhada por um dispositivo de apoios financeiro, técnico e pedagógico suficientes, nem por uma garantia acerca da qualidade do ensino ministrado nas escolas municipais. Esse processo de descentralização da educação constituiu-se, no Brasil, em um mecanismo vertical e pouco democrático. O Estado Federal delegou aos estados, às municipalidades, às ONGs e às comunidades locais a gestão da educação pública básica sem implementar um planejamento que permitiria um financiamento adequado em todas as regiões do país.
c) O pacto das elites
As elites brasileiras constituem sua identidade e obtêm sua legitimação não pela representação democrática ou pelo jogo dos partidos, mas por suas competências técnica e científica.No mundo, a mobilização sindical e o engajamento tradicional de uma parcela da classe média leiga em prol da escola pública impediram que a onda neoliberal triunfante degradasse profundamente ou privatizasse o sistema educativo público nos países desenvolvidos. Até os tíquetes educativos não tiveram o sucesso esperado. No Brasil, as categorias que podem contestar a privatização rasteira do ensino e a degradação do ensino público (como os docentes de escolas públicas, os sindicalistas e as elites progressistas) são elas próprias imobilizadas pela incoerência de sua inclinação em escolarizar seus filhos no ensino particular, embora pretendam defender o ensino público.A ineficiência do sistema público comparado à eficiência do privado é apresentada sem nenhuma referência aos recursos disponíveis dentro de cada rede. Além do mais, os recursos necessários (tíquetes) para aumentar a frequentação do ensino particular não podem resultar de um repasse de fundos públicos, simplesmente porque estes não existem em quantidade suficiente. O sistema dos tíquetes, bajulado pela literatura neoliberal, não fez suas provas em larga escala em nenhum país do mundo.Enquanto sociedade evoluímos tanto, descobrimos tantas teorias e conhecimentos para elevar o homem a sua condição de ser aprendente, mas a história esqueceu-se de apontar para a essência das dificuldades[e1] que a escola atravessa.A educação[e2] vai se transformar quando o professor começar a olhar para si, para a sua essência enquanto ser transcendente. O professor é alguém que abre as janelas do mundo para os outros, entretanto deve fazê-lo primeiramente para si.Esse sentimento de estarmos no caminho certo, nos impele a buscar cada vez mais formas, cores e texturas diferentes para compor a prática educativa.
Hoje carregamos uma certeza provisória, os professores constituem-se agentes de mudança e somente através do seu comprometimento será possível fazer educação com seriedade e responsabilidade.Para lidar com os problemas existenciais dos alunos, seus sentimentos, desejos, esperanças e desesperanças era preciso também presença de espírito, intuição e a crença inabalável no potencial humano. Compreendemos logo que para educar não existe receita, mas sim comprometimento, paixão e busca pelo eterno aprender (OLBRZYMEK, 2001, p. 20).
Parafraseando Freire, quando ele situa o ser humano como inacabado e provisório, creio que podemos até discutir a questão da avaliação, da disciplina, dos planos de estudos, mas, essencialmente, enquanto não houver a transformação na forma de o professor perceber sua ação, essas discussões se perderão no vazio...

Referências
AKKARI, A. J. Desigualdades educativas estruturais no Brasil: entre Estado, privatização e descentralização. In Educação e Sociedade, ano XXII, n.74, abril 2001. p. 163 - 189. [versão pdf]http://www.paulofreire.org/ Acessado em: 30 / 11 / 2006
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia : saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 34ª ed. 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança : um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 5ª ed. 1998 (Notas de Ana Maria Araújo Freire).
OLBRZYMEK, Marilda Regiani. O despertar da inteireza: recriando o ser, o saber e o fazer: a educação numa abordagem holística. Blumenau: Editora Asselvi/Nova Letra, 2001.
[e1]A questão-chave é a insuficiência dos recursos para a educação pública (AKKARI, 2001).[e2]Nenhuma reforma educativa poderia funcionar num sistema de várias velocidades estruturado em função do interesse exclusivo das classes dominantes(AKKARI, 2001).

ECS 10

Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Pedagogia Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Escola, Cultura e Sociedade
Rosária Lanziotti Moraes
ECS 10
Pólo: Alvorada

Para ilustrar minha participação na ECS 10, na qual participamos da criação de Wikistórias, fiz alguns recortes de minha apresentação pessoal e posicionamentos dentro da sala 6 e o grupo: “Trabalho em Grupo e Diferenças de classes” durante o período da realização da atividade. Confesso que no início foi difícil construir minha página e organizar o texto. Tentei duas vezes sem conseguir alcançar meus objetivos, mas depois coloquei até algumas gravuras. Adorei...
Minha história como professora inicia-se muito antes da graduação (Licenciatura Plena em Ciências e Matemática). Desde a infância sempre gostei de ser monitora e auxiliar a professora nas atividades de sala de aula e no pátio. Do curso de Magistério trago à tona minhas vivências durante o estágio, quando realmente percebi a importância da Educação e a certeza de estar no caminho ideal, desde então não me afastei mais do ambiente escolar.
O “ser professora” caracteriza-se por um processo de constante procura por novos conhecimentos que permitam tentar explicar e entender as relações existentes no ambiente escolar. Por isso, é fundamental que o educador esteja preparado para envolver-se profundamente no processo de construção do seu próprio conhecimento, que seja capaz de aceitar rupturas e que aprenda a investigar sua prática docente, visando qualificação profissional e consequentemente, melhoria do ensino.
Esse é o modo como entendo que se construiu e se constrói o meu “ser professora”, um processo de incessante busca, de rupturas, de aprendizagens, de construções... Quando penso nos caminhos que percorri até aqui, nas mudanças que ocorreram e nas que sei que estão por vir... Percebo o quanto foi importante ser aprovada e fazer parte deste curso de Pedagogia – UFRGS.
O “pecado” de Paulo Freire fora alfabetizar para a conscientização e para a participação política. Acreditava que a sociedade era injusta e discriminatória e que precisava ser transformada. Alfabetizar para o povo emergir da situação de dominado e explorado, que através da politização pelo ato de ler a palavra pudesse reler, criticamente, o mundo (Método de Alfabetização Paulo Freire), visto como altamente subversivo pela elite conservadora. Paulo Freire luta por justiça: "É por esta ética inseparável da prática educativa, não importa se trabalhamos com crianças, jovens ou com adultos, que devemos lutar" (FREIRE, p.16, 2006). Nossa prática precisa estar repleta de ética, afetividade, coerência e respeito pelo saber do aluno/aluna.
Referências

http://www.paulofreire.org/ Acessado em: 30 / 11 / 2006
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia : saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 34ª ed. 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança : um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 5ª ed. 1998 (Notas de Ana Maria Araújo Freire).

Thursday, December 14, 2006

Alvorada

Alvorada

Mensagem de Natal

Professoras e Colegas do PEAD

É muito bom compartilhar minhas emoções com vocês!!!!!!!!!!!!!
Neste NATAL quero agradecer a todos/as pela dedicação, carinho e compreensão.
Foi um ano intenso e ao mesmo tempo muito prazeroso.
Conheci muitas pessoas maravilhosas e estou realizada enquanto aluna/professora. Sei que existem grandes desafios nesta caminhada, mas "valeu a pena" cada minuto vivido intensamente neste grupo.
Um grande abraço!!!!!!!!!!!!!!
Rosária

Monday, December 11, 2006

Formaturas


Sou professora na E.E.E.M.Dr. Genésio Pires e neste ano paraninfa desta turma de 8ª série. Adoro todos eles/elas, difícil será ficar a partir de 2007 somente na direção. Vivenciar estes momentos é muito importante para o meu "SER PROFESSORA"!
Esta é minha homenagem para a turma 82/2006, alunos e alunas, amigos e "aprendizes" maravilhosos.

Friday, December 01, 2006

ECS 7

Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Pedagogia Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Escola, Cultura e Sociedade
Rosária Lanziotti Moraes
ECS 7
Pólo: Alvorada

Karl Heinrich Marx nasceu a 5 de maio de 1818, em Treves – Prússia Renana –
Atual Alemanha. De família judia, rica e culta, na Universidade revelou interesse pelo estudo do direito, da filosofia e história. Sofreu influência da filosofia de Hegel, cujo pensamento dominava os meios intelectuais da época.
Em setembro de 1844 conheceu em Paris Friedrich Engels e tornaram-se amigos inseparáveis de toda vida. Escreveram várias obras juntos que custaram duras perseguições políticas. Em 1848 já filiados (1847) à Liga dos Comunistas escreveram o célebre o Manifesto dos Comunistas, primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxismo. Em 1867 publicou Marx o primeiro volume de sua obra mais importante: O capital, um livro principalmente econômico, resultado dos estudos no British Museum, tratando da teoria do valor, da mais-valia, da acumulação do capital etc. Marx reuniu documentação imensa para continuar esse volume, mas não chegou a publicá-lo. Os volumes II e III de O Capital foram editados por Engels, em 1885 e em 1894.
Faleceu em 14 de março de 1883, dois anos depois de sua mulher, estando ambos sepultados em Londres. No monumento do se túmulo, está inscrito um dos seus maiores lemas:
Proletários de todos os países, uni-vos!
Frierich Engels - Socialista alemão nasceu em Barmen a 28 de novembro de 1820 e morreu em Londres a 5 de agosto de 1895. Oriundo de uma família da burguesia industrial, observa e conhece desde jovem as penosas condições de vida dos trabalhadores, tanto na Alemanha como na Inglaterra. Em 1842 assumiu a direção da sucursal da fábrica do pai em Manchester, aproveitou a oportunidade para estudar a situação do proletariado inglês. Aproximou-se de Marx e entrou em organizações socialistas clandestinas. Passou a vida inteira na Inglaterra, colaborando nos estudos e nas publicações de Marx e aparando o amigo inclusive economicamente.Para os filósofos Karl Marx e Friedrich Engels, a sociedade humana primitiva era uma sociedade sem classes e sem estado.
Em determinado estágio do desenvolvimento histórico das sociedades humanas, certas funções administrativas, antes exercidas pelo conjunto da comunidade (clã, tribo...), tornaram-se privativas de um grupo separado de pessoas que detinha força para impor normas e organização à vida coletiva. Assim através deste núcleo de pessoas se desenvolveu o Estado. Concebem o Estado atuando geralmente como um instrumento de domínio de classe.
Marx e Engels desenvolvem sua teoria alicerçada na concepção materialista da história, onde o modo de produção determina as relações sociais.
Segundo a teoria marxista, a luta de classes, entendida como o confronto entre explorados e exploradores, só desapareceria com a construção de uma “sociedade comunista perfeita”, na qual todos os homens estivessem livres das injustiças sociais.