Saturday, October 17, 2009

Comparando... o novo e o velho?


É interessante comparar a nossa realidade com o referencial teórico proposto neste semestre pela Interdisciplina DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO. Observa-se que apesar de inúmeras discussões e propostas na educação ao longo destes anos poucas mudanças foram percebidas na prática decente. Esta questão de como ensinar? O que ensinar? Motivar? Avaliar nossos alunos (as) são problemas muito atuais e que precisam ser discutidos no âmbito das escolas públicas, e aqui me refiro a escola pública estadual. Então com a intenção de contribuir com esta discussão faço um recorte das leituras do enfoque temático sobre o movimento da Escola Nova. John Dewey (1859-1952) inspirou no Brasil o movimento da Escola Nova, por defender como principais ingredientes da educação, a atividade prática e a democracia. A escola precisa propiciar um ambiente de aprendizagem para que a criança possa resolver problemas reais de sua vida, através de práticas educativas conjuntas onde ocorram situações de cooperação. “A experiência educativa é, para Dewey, reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Deve seguir alguns pontos essenciais: que o aluno esteja numa verdadeira situação de experimentação, que a atividade o interesse, que haja um problema a resolver, que ele possua os conhecimentos para agir diante da situação e que tenha a chance de testar suas idéias. Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível” (p. 26).
Algumas idéias de Ovide Decroly (1871-1932) são semelhantes à de John Dewey, quanto à universalização do ensino, trabalhos em grupo com ênfase em assuntos de interesse nos alunos e os métodos ativos. Para Decroly o aluno possui a possibilidade de conduzir seu próprio aprendizado podendo assim “aprender a aprender” (p. 34). A professora Marisa del Cioppo Elias, da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo explica que o conceito de centros de interesse descritos por Decroly, nada mais é do que o conceito atual de Interdisciplinaridade. “Os métodos e as atividades propostos pelo educador têm por objetivo, fundamentalmente, desenvolver três atributos: a observação, a associação e a expressão. A observação é compreendida como uma atitude constante no processo educativo. A associação permite que o conhecimento adquirido pela observação seja entendido em termos de tempo e de espaço. E a expressão faz com que a criança externe e compartilhe o que aprendeu” (p.35).

1 comment:

Simone said...

Olá Rosária!
Fazer essa relação da teoria vista nas interdisciplinas com a prática é um exercício bem interessante de aprendizagem. Dewey refere que "A escola precisa propiciar um ambiente de aprendizagem para que a criança possa resolver problemas reais de sua vida, através de práticas educativas conjuntas onde ocorram situações de cooperação." Lembras de algum exemplo que tenha acontecido na tua escola, para ilustrar essa idéia?
Um abraço, Simone - Tutora sede