Ir além desta escrita, pensá-la dentro e fora de nós mesmos, relacioná-la com nosso cotidiano (experiência), imprimir nesta escrita a inquietação que nos fez iniciar a caminhada. Ler e escrever textos “ativos, performativos, assinados” (FISCHER, 2005, p.122).
O objetivo principal da utilização do PA (Projeto de Aprendizagem) no período de estágio foi proporcionar as crianças à compreensão do fato histórico a partir de suas vivências. Para percorrer este caminho utilizei o conhecimento prévio como ponto de partida e à medida que as crianças foram compreendendo este conceito e como escrever um PA fomos avançando em nossas aprendizagens. Este processo, de escrita coletiva, é um constante aprendizado para professora e alunos (as), pois apesar de conhecer a metodologia de escrita de um PA, nunca havia tido esta possibilidade de deixar as crianças “experimentarem” suas ferramentas. Durante o Curso (PEAD/UFRGS), na Interdisciplina Seminário Integrador utilizamos esta arquitetura pedagógica, como autoras, mas não houve um momento de avaliação sobre sua aplicabilidade. Ainda tenho dúvidas com relação à orientação destes PA(s), mas aprendi durante o estágio que a cada projeto os desafios mudam. Assim como a participação das crianças nos grupos. Para fundamentar este trabalho de pesquisa e registro no PA, utilizei o texto “Em busca de uma Ancestralidade perdida” de Daniel Mundurucu, onde o autor relata seus conflitos de identidade e que só foi se descobrir a medida que seguia os ensinamentos de seu avô. E que a sabedoria do seu avô era semelhante aos dos grandes mestres, mesmo sem estudar ou ler livros. Assim reforço os objetivos deste projeto sobre as famílias e a história de Itapuã. Este tipo de trabalho exige pesquisa e atividades diferentes, mas os trabalhos têm autoria e são espontâneos. Neste período, de elaboração do PA adorei fotografar e registrar todos os momentos vivenciados com o grupo. As crianças fizeram um excelente trabalho de garimpagem com suas famílias e vizinhos.