Dando continuidade às reflexões sobre a Interdisciplina de Didática e as ações realizadas na minha escola para propiciar um ambiente profícuo de aprendizagem, trago como exemplo, o Projeto MULTIFEIRA. Este projeto faz parte do nosso Calendário Escolar e possibilita um trabalho conjunto entre as diferentes áreas do conhecimento, professores (as) e alunos (as). O ideal seria que no cotidiano da escola esta prática permeasse todo planejamento. Porém, citando meu exemplo, ainda precisamos avançar para construir este ambiente referido por Dewey: “A escola precisa propiciar um ambiente de aprendizagem para que a criança possa resolver problemas reais de sua vida, através de práticas educativas conjuntas onde ocorram situações de cooperação”. A foto publicada é do projeto das séries iniciais do Ensino Fundamental sobre o lixo e as possibilidades de utilização de materiais recicláveis em brinquedos e objetos de decoração. A idéia surgiu após uma saída de campo da professora da 3ª série e 3º ano que fotografou e coletou inúmeros materiais jogados na rua. A partir desta constatação promoveu momentos de pesquisa e oficinas com as crianças e o resultado foi apresentado na MULTIFEIRA.
Na cinzenta monotonia da minha vida de adulto lembrei-me das vivas cores dos anos da infância. Voltei atrás, deixei iludir-me pelas reminiscências. E eis que ingressei na cinzenta monotonia dos dias e das semanas de criança. Nada lucrei, mas perdi o tempero da resignação (KORCZAK, 1981, p. 152).
Sunday, October 25, 2009
PROJETO MULTIFEIRA
Dando continuidade às reflexões sobre a Interdisciplina de Didática e as ações realizadas na minha escola para propiciar um ambiente profícuo de aprendizagem, trago como exemplo, o Projeto MULTIFEIRA. Este projeto faz parte do nosso Calendário Escolar e possibilita um trabalho conjunto entre as diferentes áreas do conhecimento, professores (as) e alunos (as). O ideal seria que no cotidiano da escola esta prática permeasse todo planejamento. Porém, citando meu exemplo, ainda precisamos avançar para construir este ambiente referido por Dewey: “A escola precisa propiciar um ambiente de aprendizagem para que a criança possa resolver problemas reais de sua vida, através de práticas educativas conjuntas onde ocorram situações de cooperação”. A foto publicada é do projeto das séries iniciais do Ensino Fundamental sobre o lixo e as possibilidades de utilização de materiais recicláveis em brinquedos e objetos de decoração. A idéia surgiu após uma saída de campo da professora da 3ª série e 3º ano que fotografou e coletou inúmeros materiais jogados na rua. A partir desta constatação promoveu momentos de pesquisa e oficinas com as crianças e o resultado foi apresentado na MULTIFEIRA.
Saturday, October 17, 2009
Comparando... o novo e o velho?

Algumas idéias de Ovide Decroly (1871-1932) são semelhantes à de John Dewey, quanto à universalização do ensino, trabalhos em grupo com ênfase em assuntos de interesse nos alunos e os métodos ativos. Para Decroly o aluno possui a possibilidade de conduzir seu próprio aprendizado podendo assim “aprender a aprender” (p. 34). A professora Marisa del Cioppo Elias, da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo explica que o conceito de centros de interesse descritos por Decroly, nada mais é do que o conceito atual de Interdisciplinaridade. “Os métodos e as atividades propostos pelo educador têm por objetivo, fundamentalmente, desenvolver três atributos: a observação, a associação e a expressão. A observação é compreendida como uma atitude constante no processo educativo. A associação permite que o conhecimento adquirido pela observação seja entendido em termos de tempo e de espaço. E a expressão faz com que a criança externe e compartilhe o que aprendeu” (p.35).
Monday, October 12, 2009
ESCOLA É

Estamos discutindo o texto de Regina Hara (1992), através do Fórum da Interdisciplina: Educaçâo de Jovens e Adultos no Brasil. A autora propõe uma reflexão com relação a nossa prática docente e os desafios de manter o interesse destes jovens e adultos na escola, sendo estes sujeitos originários da classe popular. São pessoas que não tiveram oportunidade de aprender quando crianças e assim ficaram a margem da sociedade. É complicado falar desta realidade sem estar inserido nela, não sou professora da EJA, mas participo das discussões e reuniões de colegas desta modalidade. Percebe-se assim como na contextualização do texto de Hara (1992) que estes educadores (as) enfrentam muitos desafios e dificuldades para exercer a sua docência. Na nossa escola, temos neste ano uma EJA formada por muitos alunos (as) que foram transferidos do Ensino Regular e que enfrentam problemas de autoestima e autoimagem, consideram-se fracassados, pois em sua maioria possuem um histórico de duas ou três reprovações por série. Então o desafio este ano é MOTIVAR... “Dificuldades em ensinar, em lidar com a motivação, em conseguir ganhos de consciência são permanentes nos depoimentos daqueles que buscaram o trabalho com adultos das camadas populares” (HARA, 1992, p. 1). A evasão existe e nos coloca a prova todos os dias, a cada desistência... Citando o professor Helvécio (01/10/2009): “Motivar nossos educandos implica em primeiro nos motivarmos a nós mesmos. Esta é a nossa primeira conquista. Para tanto, é necessário que estejamos abertos ao novo e ao diferente. (...) O desafio está dado, resta-nos a nós (educadores) enfrentarmos e transformá-lo em elemento de nossa prática pedagógica, que antes de tudo é prática social. A melhor forma de alfabetizar, para mim, é levar em conta aquilo que o educando sabe, ressignificar esse saber, organizá-lo e devolvê-lo organizadamente a ele para que ele de posse da cultura letrada lute pelo espaço político e social ao qual ou aos quais ele (educando/cidadão) tem direito e, muitas vezes ou quase sempre, não sabe porque lhe falta a informação”.