Friday, June 27, 2008

Ensinar e Aprender


"Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente que, historicamente, mulheres e homens descobriram que era possível ensinar. Foi assim, socialmente aprendendo, que ao longo dos tempos mulheres e homens perceberam que era possível – depois, preciso – trabalhar maneiras, caminhos, métodos de ensinar. Aprender precedeu ensinar ou, em outras palavras ensinar se diluía na experiência realmente fundante de aprender. Não temo dizer que inexiste validade no ensino de que não resulta um aprendizado em que o aprendiz não se tornou capaz de recriar ou de refazer o ensinado, em que o ensinado que não foi aprendido não pode ser realmente aprendido do aprendiz" (FREIRE, 1998. p. 26).
Apesar de muitas incertezas posso garantir que se tivesse que pintar um quadro, colocando na tela todas as emoções e aprendizagens construídas durante este semestre não conseguiria fazê-lo. Principalmente, com relação ao Plano Individual construído no Seminário Integrador, esta construção foi um grande desafio. Primeiro, por ser um trabalho que exigiu dedicação e persistência de toda a equipe diretiva. Além de necessitar, para sua conclusão, de um período mais longo para preparação das atividades e estudos. As reflexões e transformações iniciadas com este Planejamento abriram um espaço para trocas entre o grupo que certamente irá possibilitar no futuro algumas mudanças na prática educativa de toda a escola. O maior desafio do PI foi envolver todos os professores e professoras nesse processo. Apesar de todos concordarem com a importância das reuniões pedagógicas para o fortalecimento da prática docente, muitos ainda resistem ou se omitem desta construção. Porém, apesar das adversidades foi uma experiência produtiva a medida que reacendeu a chama da “curiosidade”... As perguntas e colocações de todos nas reuniões demonstraram que precisamos interagir e socializar nossas experiências. Na prática os planos de estudos foram refeitos, mas os colegas sentiram a necessidade de estabelecer habilidades necessárias para que cada aluno (a) possa ao final de cada ano ser promovido para série seguinte. No Regimento Escolar ficou definido que neste ano continuamos com a realização do Provão, após o encerramento das avaliações e recuperações descritas no regimento. Devendo ser realizado ainda em dezembro e que a partir de 2009, nossa escola não fará mais esta avaliação por entendermos que não foram atingidos os objetivos pretendidos quando de sua inclusão no nosso Regimento. Esta decisão será aprovada por Assembléia pelos diferentes segmentos da escola. Além disso, para o próximo ano os pesos dos trimestres serão alterados, sendo: 1º TRI = 20, 2º TRI = 30 e 3º TRI = 50. A nota mínima para aprovação deverá continuar sendo 50 pontos somando-se os três trimestres. Dentro de cada trimestre o professor deverá realizar, no mínimo, quatro instrumentos de avaliação, sendo que um deles deve ser obrigatoriamente um teste individual sem consulta. Além disso, ficou definido que a partir do próximo Conselho de Classe Participativo, os professores terão um momento para conversar sobre suas avaliações e sobre as aprendizagens de cada aluno (a). Na opinião de alguns colegas é necessário ter uma unidade com relação a avaliação, pois é complicado para as crianças e jovens compreenderem a atual forma de avaliar, pois cada professor(a) utiliza critérios diferentes.


Referências

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 8ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1998.

Friday, June 20, 2008

Plano Individual de Estudos

Na Reunião pedagógica do dia dezoito de junho de 2008, os professores e professoras foram divididos em grupos de quatro componentes. Cada grupo recebeu um texto sobre avaliação, após as discussões nos grupos o professor (a) escolhido para relator apresentou as principais conclusões com relação às questões apresentadas.
Logo após os relatos e discussões entre os grupos foi sugerido para o grande grupo que levantassem três pontos positivos na forma de avaliar, são eles:
quando a avaliação serve como um diagnóstico para o aluno sendo importante sempre trazer para os estudantes o resultado dos instrumentos utilizados na avaliação;
quando a avaliação auxilia no diagnóstico e planejamento do professor;
reforço da auto estima dos alunos que atingem os objetivos;
um instrumento de levantamento de dados estatísticos para retomar os conteúdos não compreendidos durante o trimestre para auxiliar na recuperação.
Foi solicitado que esse debate tenha continuidade, especialmente com relação à forma que cada um avalia e quais os critérios de cada professor para avaliar; foi solicitado um espaço de maior debate para que a avaliação da escola seja mais homogênea.
A próxima reunião ficou agendada para o dia24 de junho.

Saturday, June 14, 2008

Bem-te-vi ou Urubu?


Achei que esta imagem traduz com perfeição nossas leituras na disciplina Seminário Integrador IV, pois aqueles raios de sol transmitem toda energia que precisamos para seguir em frente, apesar das adversidades. Através dos exemplos e situações descritas é possível acreditar na mudança e na (des)acomodação.
Com relação à grade de conteúdos (MAGDALENA;COSTA, 2003), acredito que os Planos de Estudos construídos a partir das dúvidas dos alunos e alunas seriam mais ricos. Melhor ainda se estes conteúdos determinassem o ponto de partida para os Projetos de Aprendizagem. Mas como esta mudança ocorreria na prática? Com esta amplitude de possibilidades e conceitos como os professores e professoras se organizariam para suas aulas? Atualmente nas escolas públicas estaduais estamos divididos em docentes do CAT (Currículo por Atividades) e docentes por Área de Conhecimento, a partir da 5ª série temos um horário a seguir com as disciplinas separadas conforme o Desenho Curricular de cada escola. Nas séries iniciais como o professor (a) é unidocente podemos planejar nossas aulas com maior liberdade dentro do mínimo estabelecido nos Planos de Estudos, mas a partir da 5ª série, como faríamos?
É importante refletir sobre como mudar a realidade das escolas, seus índices de reprovação e evasão, mas é preciso entender que esta mudança só ocorrerá dentro do ambiente escolar com a mobilização dos educadores. A seguir, transcrevo um trecho do livro de Rubem Alves escrito na década de 80, que colabora com nossas discussões:
“... para educar bem-te-vi é preciso gostar de bem-te-vi, respeitar o seu gosto, não ter projeto de transformá-lo em urubu. Um bem-te-vi será sempre um urubu de segunda categoria. Talvez, para se repensar a educação e o futuro da Ciência, devêssemos começar não dos currículos-cardápios, mas do desejo do corpo que se oferece à educação” (ALVES,1984, p.12).

Referências

ALVES, Rubem Azevedo. Estórias de quem gosta de ensinar. 4ª edição, São Paulo, Cortez: Autores Associados, 1984.

Friday, June 06, 2008

Projeto MULTIFEIRA

Amazônia Pulmão do Mundo
Casa Ecológica


Tradição Gaúcha
Olha eu aí gente!!!

É com imenso prazer que publico os primeiros resultados do projeto MULTIFEIRA. Selecionei algumas fotos para vocês de trabalhos interessantes na área de estudos sociais e ciências. Entre eles, sou brasileiro, uma peça de teatro com o 3º ano do Ensino Médio, sobre o sentimento de ser brasileiro! Outro trabalho muito interessante foi sobre as tradições gaúchas, os alunos e alunas construíram um DTG. Em ciências, temos: A casa ecológica e Amazônia Pulmão do Mundo. E por falar em Ciências... como foi proveitoso o encontro de quarta (4/06), comentei com minhas colegas que depois da aula me senti muito bem. Afinal, nós rimos muito de nossas produções cinematográficas, os desenhos produzidos pelos grupos a partir das músicas selecionadas pelos professores foram interessantes e proporcionaram uma troca entre todos. Comentamos também sobre os textos lidos, entre eles, o artigo escrito pelo Rabino Nilton Bonder “Os domingos precisam de feriados”, que fala sobre nossa necessidade de parar e realmente descansar no 7º dia (postagem feta em 30/05). Aproveitar nossos domingos e tempo livre com nossa família e amigos.