O tempo é uma invenção da morte...

Escreveu Quintana: "Amigos não consultem os relógios quando um dia me for de vossas vidas... Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira".


Estava pensando no tempo... Visitei o blog da minha amiga Neusa e encontrei um video muito interessante... Viajei no tempo... Através de fotos antigas que provocaram minhas reminiscências!!! Quase chorei... Tenho fotos de avós, tios, alunos... muito parecidas! Como é cruel este TEMPO. Palavra que Quintana dominava e sabiamente descrevia em suas poesias.

UMA CANÇÃO

“Minha terra não tem palmeiras...
E em vez de um mero sabiá,
Cantam aves invisíveis
Nas palmeiras que não há.

Minha terra tem relógios,
Cada qual com sua hora
Nos mais diversos instantes...
Mas onde o instante de agora?

Mas onde a palavra “onde”?
Terra ingrata, ingrato filho,
Sob os céus da minha terra
Eu canto a Canção do Exílio!”

QUINTANA, Mário. Apontamentos de história sobrenatural. Porto alegre: GLOBO; IEL/SEC, 1976. p. 117.

Inventário Vitória-Régia

Ontem à noite estava assistindo TV com meu marido e meus filhos e fiquei encantada com a reportagem sobre a Vitória-Régia. Assim hoje resolvi publicar esta pesquisa sobre esta planta aquática da família das Nymphaeaceae, típica da região amazônica. Ela possui uma grande folha em forma de círculo, que fica sobre a superfície da água, e pode chegar a ter até 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos se forem bem distruibuídos em sua superfície. Quando floresce, suas pétalas são brancas, ou levemente rosadas, com bordas esverdeadas.
Naquele momento pensei no nosso grande desafio da semana: O inventário de nossas aprendizagens... Logo comparei esta belíssima planta que possui somente uma folha, bem desenvolvida e fixada ao solo por uma forte raiz com nossa caminhada neste curso iniciado em 2006. Durante estes dois semestres foi possível perceber a dedicação e a solidez deste grupo. Somos professoras em busca de uma qualificação profissional que nos permita transformar nossa prática. Assim nossas raízes são fortes e profundas como a da Vitória-Régia. Somos um grupo de professoras estudantes com um grande diferencial, somos educadoras e possuímos uma história de vida para compartilhar com nossas colegas e professoras.
Nosso curso também se diferencia por fazer parte da Educação a Distância (EAD) que está sendo difundido em muitas universidades. Em virtude dessa nova realidade, as mudanças são inevitáveis nos modelos de ensino-aprendizagem e no papel do professor e do aluno. Isto implica em uma mudança no modo de estudar, aprender e interagir. No espaço para a aprendizagem interativa, o aluno deixa de ser um mero receptor dos conteúdos e, ao invés de ficar isolado, participa, colabora e interage com as atividades escolares, através das mais diversas estratégias de comunicação, que os ambientes virtuais de ensino-aprendizagem oferecem. A aprendizagem interativa é um processo complexo de trocas onde o sujeito modifica suas estruturas cognitivas e pode também modificar as estruturas cognitivas dos colegas, por meio de interações mediadas por tecnologias. Ocorrem em ambientes concebidos para mediação da aprendizagem que proporcionam o suporte necessário às interações e as produções individuais e coletivas (NEVADO, 2005). Nesta construção torna-se fundamental estarmos sempre avaliando a nossa prática através de um movimento de ação-reflexão-ação, buscando entender como construímos nossa ação para contemplarmos na prática o que defendemos na teoria. Espero que nossas reflexões nos auxiliem na construção do “Inventário de Aprendizagem” !!!
Referências
NEVADO, Rosane Aragon de. Ambientes virtuais de aprendizagem: do "ensino na rede" à "aprendizagem em rede". Disponível em <http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2005/nfa/tetxt2.htm>
http://www.sumauma.net/amazonian/lendas/lendas-regia.html

Reflexão II

O trecho a seguir foi retirado do livro: O monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança e acredito que as palavras a seguir são de extrema importância para nós educadores/as:
“A mudança nos desinstala, nos tira da nossa zona de confronto e nos força a fazer as coisas de modo diferente, o que é difícil. Quando nossas idéias são desafiadas somos forçados a repensar nossa posição e isso é sempre desconfortável. É por isso que, em vez de refletir sobre seus comportamentos e enfrentar a árdua tarefa de mudar seus paradigmas, muitos se contentam em permanecer para sempre paralisados em seus pequenos trilhos”.
Neste momento, estamos necessitando de uma pausa para reflexão. Nada melhor do que uma bela imagem para nos trazer alívio e bem-estar. Um ótimo fim de semana com a companhia do texto de Clarice Nunes: (DES) ENCANTOS DA MODERNIDADE PEDAGÓGICA e uma ótima prova para todos nós!!!